Orquestra Estudantil do Areal celebra dez anos com concerto no Theatro Guarany
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira4 de Dezembro de 2024

Evento

Orquestra Estudantil do Areal celebra dez anos com concerto no Theatro Guarany

Evento, na quarta-feira, terá a participação da banda Doidivanas e das Orquestras Municipal e de Pedro Osório

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Orquestra Estudantil do Areal celebra dez anos com concerto no Theatro Guarany
Lys Márcia Ferreira é regente do projeto e professora dos alunos (Divulgação)

A Orquestra Estudantil do Areal completa dez anos e para celebrar a data ocorrerá nesta quarta-feira (13) um espetáculo no Theatro Guarany, às 20h, com convidados especiais. Será uma reunião de diferentes gerações e estilos musicais, que vão do rock ao erudito, entre outros. Sobem ao palco alunos e ex-integrantes da Orquestra, muitos dos quais seguiram na carreira da música sinfônica.

Uma das convidadas especiais, a Doidivanas interpretará músicas marcantes da carreira de quase 30 anos e, junto dos jovens, três números musicais especiais. Além da banda de pop rock, participam a Orquestra Estudantil de Pedro Osório e a Orquestra Estudantil Municipal, formada por alunos de diversas escolas da Rede Municipal de Ensino de Pelotas. Ingressos a R$ 20,00 na bilheteria do Theatro, com integrantes das Orquestras ou pela plataforma Sympla. 

O evento também marca as atividades de integração entre a Doidivanas e as Orquestras. Em 2025, os músicos de ambos os grupos se reúnem para gravar composições arranjadas por João Marcos Negrinho Martins. A produção cultural é de Yara Baungarten, da Imagina Conteúdo Criativo, com financiamento do Procultura de Pelotas.

A renda do concerto será revertida para aquisição de materiais e manutenção dos instrumentos da Orquestra do Areal. Interessados também podem contribuir com o projeto entrando em contato com a escola. 

Muita resistência

A Orquestra Estudantil do Areal teve início em setembro de 2014, a partir de um projeto do Governo do Estado que equipou 51 escolas da Rede Estadual com o kit de orquestra. Esse material era composto por um violoncelo, uma viola, três violinos, um piano digital e uma bateria. Porém com a troca de governo, a proposta ficou descoberta e começou uma luta para mantê-la viva.

Quando a professora Lys Márcia Ferreira, regente da Orquestra, começou a dar aulas na Escola do Areal, o projeto já existia. A intenção dela era, claro, dar sequência ao trabalho até se aposentar. “Mas eu não tinha noção do quanto a gente tem que se dedicar de corpo e alma para que isso funcione. A Escola não tem nada previsto nesse sentido, não existe rubrica para a compra de material e o Estado não é organizado para dar o suporte. É com muita resistência que a gente mantém essa Orquestra”, conta. 

Para manter o projeto a Escola conta com a ajuda da comunidade. “A gente tem muito mais instrumentos agora porque as pessoas doam, elas se encantam, então a gente tem um acervo grande para emprestar para os alunos. E fazemos muitos concertos solidários para nos ajudar”, explica a professora.

As famílias também apoiam os alunos, muitas fazem uma vaquinha para comprar o instrumento necessário para o jovem que demonstra a vontade de aprender mais e mais. “Aí sobram mais instrumentos para emprestar para os alunos novos”, conta.

Os alunos podem integrar a Orquestra a partir do sexto ano do fundamental e permanecer até o fim do Ensino Médio. Por causa disso a Orquestra teve umas quatro gerações de alunos/instrumentistas. 

Nem a pandemia interrompeu o trabalho. Via on-line os alunos seguiram estudando e tocando juntos. Nesse período, as aulas por vídeo ficaram abertas, tendo a presença até de alunos do Uruguai.

Frutos do trabalho

O movimento que a Orquestra do Areal provocou influenciou outras esferas do poder, resultando no surgimento da Orquestra Estudantil Municipal e da Orquestra Estudantil de Pedro Osório. Nas duas cidades a professora Lys foi chamada para montar os projetos. 

No próximo ano Pelotas terá uma outra iniciativa neste formato, a Orquestra Jovem do Sesc. “Foi com muita insistência nossa com o Sesc. A juventude quer, ela está pronta, eles têm que investir nisso. Existe essa demanda de jovens buscando pela cultura da música”, fala a professora.

Atualmente a orquestra tem alunos 27 do Ginásio do Areal e ex alunos que estão ligados ao projeto de Extensão Fazendo um Som, da professora Isabel Hirsch, eles retornam para a escola como voluntários e ajudam, por exemplo, os iniciantes a estudarem seus instrumentos, além de participarem da orquestra. 

Agende-se

O quê: concerto de 10 anos da Orquestra Estudantil do Areal

Quando: quarta-feira (13), 20h

Onde: Theatro Guarany

Ingressos a R$ 20,00 na bilheteria ou pelo Sympla

Quem são os músicos

Violino: Syndel Rodrigues; Medelen Barbosa; Gabriel Avila; Andrew Oliveira; Ester Braga; Felipe Oliveira; Kethelen Bilhalva; Nathali Santos; Kauã Mendes; Laura Freitas; Emanuely Garbin; Marlon Garczal e Francine Aires

Viola: Marconi Redu; Ananda Gomes; Amanda Lima e Andrew Borges

Violoncelo: Lucas Nunes; Geovane Minini; Arthur Boemeke e Felipe Peres

Violão: Enzo Carvalho; Maria Eduarda Peres e Julia Sousa

Contrabaixo: Matheus Machado

Pianos: Marina Costa; Carlos Jurgina e Bruna Monteiro

Acordeon: Emanuel Moraes

Sopros: Sabina Saad; Fernanda Silva; Laura Dias e Fernanda Neves

Percussão: Karen Ferreira e Gabriel Garcia

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