L.C.Vinholes é homenageado na 42ª Feira do Livro de Pelotas
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira4 de Dezembro de 2024

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

L.C.Vinholes é homenageado na 42ª Feira do Livro de Pelotas

Por

Há 10 anos

Em 2014, a 42ª Feira do Livro de Pelotas homenageou o músico e compositor pelotense Luiz Carlos Vinholes, reconhecido como pioneiro da música aleatória no mundo. O professor universitário Maria Maia foi o orador daquele ano.

A trajetória de Vinholes também se entrelaça com o Japão, onde ele foi estudar em 1957. Após os estudos permaneceu no país, onde desenvolveu sua pesquisa sobre música chinesa, coreana e japonesa.

Naquele país, promoveu a difusão da música e da poesia concreta brasileira e ainda idealizou e promoveu os processos de reconhecimento das primeiras cidades-irmãs entre o Brasil e o Japão: Pelotas-Suzu (1962) e Porto Alegre-Kanazawa (1967).

Dessa profunda troca cultural resultou ainda a Coleção L.C.Vinholes, com diferentes itens representativos da arte e da cultura japonesa, que está sob a guarda do Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo, da Universidade Federal de Pelotas. Doada pelo compositor, esta é a maior e mais recente coleção do Malg.

O músico ainda é patrono da discoteca da UFPel, hoje com mais de 20 mil itens. A Discoteca L.C.Vinholes foi iniciada na década de 1990, pelo professor Maria Maia, que coordenou o projeto até se aposentar em 2018.

Outra data

Em 27 de outubro deste ano o inventivo músico celebrou os 30 anos do lançamento do lançamento da antologia Menina só, composta por 25 mini poemas, com edição de mil exemplares, que saiu pela Gráfica Palas Athena, de São Paulo, de Massao Ohno.

“Este trabalho começou a partir de 1962, quando me interessei por criar algo minimalista, de estrutura e forma simples e pequenas. A prática da leitura e feitura das quadras e tercetos tradicionais da literatura ocidental e a incursões pelo mundo dos haicais, principalmente dos publicados na antologia de 1936, Obras-Primas da Poesia Japonesa Antiga e Moderna, de Asataro Miyamori, me despertavam o interesse pelas coisas concisas”, explica o artista em artigo publicado por Vinholes em setembro deste ano, no site Usina de Letras. 

Há 50 anos

Industriais pressionam governo contra a importação de pêssego em calda da Argentina

Os industriais de Pelotas aguardavam com ansiedade um pronunciamento do Ministro da Fazenda, Henrique Simonsen, sobre a crise que afetou a industrialização de pêssego em Pelotas e na Zona Sul do Estado. Na época o setor estocava cinco milhões de latas quilo sem possibilidades de comercialização, há mais de quatro meses. O período era de nova colheita da fruta.

A origem da crise estaria na importação do pêssego em calda argentino, apontavam os industriais. O temor entre os produtores, é que a nova safra não fosse adquirida em função da alta nos estoques da conserva. Segundo dados divulgados pelo Sindicato das Indústrias de Doces e Conservas Alimentícias de Pelotas, até agosto de 1974, a importação superou oito milhões de latas. Por sua vez, a produção do Estado atingiu  a soma de 27 milhões de lata/quilo.

Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 100 anos

Visky e Belizário expõem ao mesmo tempo na BPP

Foi inaugurada na Bibliotheca Pública Pelotense a exposição do pintor húngaro Janos Visky. A campanha rio-grandense foi o tema retratado pelo artista, entre as obras estavam: Dia de rodeio, Repontando o gado, Golpe de laço, Voltando da cidade, Na lagoa, Na encruzilhada, Procurando a pista e Dois rebeldes. A visitação aconteceu entre os dias 12 e 25 de novembro de 1924.

A arte de Visky era oriunda da Academia de Belas Artes da Hungria, sob a orientação do famoso pintor húngaro Tividar Zemplenyi. Também estudou na França  e começou a expor suas pinturas em 1913. Viajou para a Argentina em 1933, onde começou a pintar as paisagens pampeanas e a lida campeira, com interesse especial para a anatomia do cavalo. Morou no Rio Grande do Sul por algum tempo, posteriormente se mudou para os Estados Unidos, porém voltou à Hungria, onde morreu aos 70 anos, em 1961.

Paisagens no térreo

No mesmo período a BPP recebeu a exposição de outro artista, Waldemar Belizário (1895-1983), esta no pavimento térreo da entidade. O paisagista paulista foi criado junto à pintora modernista Tarsila do Amaral. 

Fonte: A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Acompanhe
nossas
redes sociais