Rafael Amaral afirma que PP será independente no governo Marroni
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira4 de Dezembro de 2024

Futuro

Rafael Amaral afirma que PP será independente no governo Marroni

Vereador reeleito avalia cenário político em Pelotas e a CPI do Pronto Socorro

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Rafael Amaral afirma que PP será independente no governo Marroni
: Parlamentar do PP presidiu a CPI do Pronto Socorro este ano, investigando suspeitas de desvios. (Foto: Eduarda Damasceno)

O vereador reeleito Rafael Amaral afirma que o PP será independente durante o governo de Fernando Marroni (PT) e que o partido pretende ter candidatura própria em 2028. Amaral, que possui uma empresa que presta consultoria em gestão de saúde, diz que buscará diálogo com o futuro prefeito, em especial nas pautas relacionadas à saúde.

“Acredito que o prefeito Marroni deva chamar as pessoas que queiram ajudar de alguma forma, e que ele possa saber discutir com os que pensam diferente. Os que pensam diferente precisam conversar para construir a cidade”, diz.

Amaral cobra que o novo governo seja transparente quanto ao futuro Hospital Regional de Pronto Socorro, que está em obras, e que os hospitais filantrópicos sejam incluídos nas discussões. “Os hospitais não estão sabendo o que está acontecendo. Vou pedir que nenhum contrato do governo com uma possível nova gestão do HPS seja assinado sem que passe pela Câmara e sem que passe pelos hospitais filantrópicos de Pelotas. Os hospitais querem fazer parte de uma comissão de gestão do novo HPS”, explica.

Cenário político

O vereador sustenta que o PP será independente no futuro governo. “Eu não acredito nisso de ser oposição por ser oposição. O PP vai ser independente, estamos caminhando para isso, pró cidade de Pelotas”, afirma.

Para ele, o caminho natural é que o PP busque ter uma candidatura própria à prefeitura em 2028. “Para tentar uma nova forma de caminhar para Pelotas, sem nenhum extremismo”, diz Amaral, que foi pré-candidato a prefeito nas eleições deste ano, mas acabou não sendo indicado por não haver consenso no partido.

No primeiro turno, o PP integrou a coligação de Fernando Estima (PSDB) e no segundo turno apoiou a candidatura de Marciano Perondi (PL). “Os votos do Marciano [Perondi, PL], acredito que foram o voto de quem queria mudança, não vamos dizer que os votos são dele, são de pessoas que queriam mudança e o voto antipetista. Eu fui no segundo turno para lá tentando construir uma coisa nova”, diz, analisando a disputa eleitoral deste ano.

Câmara

Nesta sexta-feira (8) será apresentado o relatório que conclui as investigações da CPI presidida por Rafael Amaral e que investiga suspeitas de desvios de recursos do Pronto Socorro. O vereador comemora o trabalho feito em parceria com o relator, Jurandir Silva (PSOL), apesar das diferenças ideológicas. “Não houve politicagem, nem da minha parte nem do Jurandir. Usamos a bandeira da cidade, acredito que Pelotas precisa disso”, pontua.

Após a CPI, Amaral propõe que seja criada uma comissão de vereadores para ampliar a investigação para os oito anos do governo de Paula Mascarenhas (PSDB) “para ver onde isso começou”. “Naturalmente, no próximo governo nós vamos avaliar cada conta do PS e do novo PS. Quero criar uma comissão permanente de análise das contas da Secretaria de Saúde”, sustenta.

Sobre as discussões para a presidência da Câmara em 2025, o vereador defende o nome do colega e correligionário Michel Escalante. “Temos um grupo formado com vereadores de diferentes partidos, de pessoas que querem ter uma câmara independente, que não faça jogo político com o governo e que não esconda o que o governo fizer de errado. Uma câmara que ajude a construir a cidade. O Michel para nós é esse nome, sabe escutar, sabe conversar com os diferentes”, diz.

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