Justiça anula leilão de prédio da Cosulati
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira4 de Dezembro de 2024

Decisão

Justiça anula leilão de prédio da Cosulati

4ª Vara do Trabalho não aprovou certame realizado dia 30 de outubro e edital receberá modificações para nova venda

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Justiça anula leilão de prédio da Cosulati
Para o próximo leilão, será publicado um novo edital prevendo a possibilidade de a garantia também ser prestada por fundos de investimentos. (Foto: Jô Folha)

O prédio da Cooperativa Sul-Riograndense de Laticínios (Cosulati) vai a leilão novamente no próximo dia 3 de dezembro. A 4ª Vara do Trabalho de Pelotas não homologou o pregão realizado no dia 30 de outubro, quando a arrematante ofereceu R$ 49.140.500,00, através de certame virtual realizado pela leiloeira Cleci Zago. A proposta não atendeu integralmente aos requisitos do edital, na avaliação da Justiça.

De acordo com o despacho da juíza do trabalho, Ana Ilca Härter Saalfeld, o edital previa que o valor da arrematação poderia ser garantido por uma instituição bancária idônea. A arrematante ofereceu, porém não de instituição bancária, mas de um Fundo de Investimentos. Também não foram pagas de imediato as despesas e os honorários da leiloeira, conforme também estava previsto no edital. Estes somavam quase R$ 500 mil.

Para o próximo leilão, será publicado um novo edital prevendo a possibilidade de a garantia também ser prestada por fundos de investimentos, observados os requisitos estipulados no despacho. Além disso, será permitido pagar os honorários e as despesas da leiloeira em até 10 dias após o leilão e não no momento do arremate. Será mantido ainda o preço mínimo de 50% do valor de avaliação – R$ 98 milhões – para a oferta.

Também está inserido no edital que está pendente de julgamento o Agravo de Petição interposto pelos advogados da Cosulati. A venda do prédio da cooperativa que esteve por mais de 50 anos em atividade na região, mobilizou os associados que não concordam com o valor avaliado, que não cobre as dívidas assumidas por esse grupo de cooperativados. Na terça-feira (5), eles protestaram em frente ao Foro do Trabalho, em Pelotas. No entanto, a venda do patrimônio é para quitar as dívidas trabalhistas, com mais de 300 processos.

O complexo industrial, que está em uma área total construída de 17,5 mil metros quadrados, tem os imóveis da fábrica avaliados pela Justiça em R$ 23,1 milhões, e as máquinas e equipamentos, em R$ 75,1 milhões.

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