Avanços significativos
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira4 de Dezembro de 2024

Editorial

Avanços significativos

Avanços significativos
O aeroporto de Pelotas se coloca, desde a enchente de maio, como um braço logístico essencial para todo o Estado. (Foto: Jô Folha)

A entrega das obras da requalificação do aeroporto de Pelotas e o avanço da licitação para a ligação a seco entre Rio Grande e São José do Norte são duas notícias extremamente positivas para o futuro da Zona Sul. Os dois assuntos fazem parte da série de melhorias estruturais necessárias para nos colocar em um novo patamar de logística e atração de negócios.

O aeroporto de Pelotas se coloca, desde a enchente de maio, como um braço logístico essencial para todo o Estado. Foi o responsável por boa parte da conexão gaúcha com o resto do mundo pelos ares por mais de cinco meses, sem ainda estar completamente pronto. Agora, mesmo com o retorno do Salgado Filho, o desafio é reforçar essa importância. Pelotas deve ser o grande satélite do interior do Estado e a conexão com outras capitais e até países – há negociações para ligação com Montevidéu, no Uruguai – nos traz destaque.

Outra grande novidade, a confirmação do Dnit de que o edital de licitação da ponte que ligará Rio Grande e São José do Norte será publicado ainda neste ano, é um alívio para as duas cidades. O precário transporte por balsa enfraquece a conexão dos municípios cuja união é chave para todos os negócios envolvendo importação e exportação pelo Porto de Rio Grande. Com a logística facilitada, abre-se caminho para uma expansão do terminal portuário e possibilidade de usar das duas cidades para ampliar os serviços oferecidos e, dessa forma, captar mais cargas e contratos.

As duas situações fazem parte de uma série de pontos estruturais que precisam avançar, algo diariamente reforçado nas páginas do jornal. Ainda resta a pressão pela conclusão da BR-116 e do barateamento dos pedágios, duas pautas também com certo avanço. Falta, também, a urgentíssima finalização do lote 4 da BR-392, algo que será fundamental para o melhor escoamento de produção via porto. A segunda ponte do São Gonçalo, por fim, finalizaria essa sequência de intervenções que nos colocaria em outro patamar competitivo. Com isso, aliado à capacidade intelectual produzida pelas nossas universidades, a Zona Sul está pronta para, enfim, ter o avanço que tanto sonha há muito tempo.

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