Leite e o dilema dos dois portos
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Terça-Feira10 de Dezembro de 2024

Opinião

Douglas Dutra

Douglas Dutra

Jornalista

Repórter e colunista de política do A Hora do Sul

Leite e o dilema dos dois portos

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Não pegou bem entre as lideranças políticas e econômicas da região Sul o apoio reiterado do governador Eduardo Leite (PSDB) à construção do Porto Meridional de Arroio do Sal. “O Porto Meridional representa um avanço estratégico para a infraestrutura do Rio Grande do Sul, com um ponto logístico essencial para escoar a produção”, disse Leite nesta semana.

O argumento a favor do novo porto é de que ampliará a competitividade do Estado, já que cargas da metade norte tendem a ser embarcadas pelo porto de Laguna, em Santa Catarina, agora poderão ser embarcadas de um porto gaúcho. O governo federal irá investir cerca de R$ 1,3 bilhão na obra.

Já as lideranças da metade sul temem que o porto de Arroio do Sal, mais próximo de regiões mais industrializadas do Rio Grande do Sul, acabe esvaziando a movimentação do Porto de Rio Grande, que após períodos de crise vive um momento de resultados positivos. 

Além da distância, pesam contra o Porto de Rio Grande as dificuldades logísticas de acesso, em especial pelos preços elevados dos pedágios pelo caminho, um entrave para o qual se espera uma solução em breve, com uma nova licitação do polo rodoviário. O esperado por esses líderes da zona Sul era que, por ser daqui, Eduardo Leite ao menos fosse mais cauteloso sobre o tema, que mexe com o brio da região.

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