Paralisação na Santa Casa de São Lourenço do Sul não tem adesão dos médicos
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira4 de Dezembro de 2024

Deliberação

Paralisação na Santa Casa de São Lourenço do Sul não tem adesão dos médicos

Assembleia extraordinária realizada pelo Simers foi chamada para tratar sobre atrasos salariais; hospital nega que passivos sejam recorrentes

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Paralisação na Santa Casa de São Lourenço do Sul não tem adesão dos médicos
Apenas três profissionais estiveram no encontro para deliberar ações (Foto: Simers)

Realizada para debater sobre a possível paralisação das atividades médicas na Santa Casa de Misericórdia de São Lourenço do Sul, a assembleia extraordinária da noite de quinta-feira (31) pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) não teve apoio dos profissionais. A reunião foi chamada diante de atrasos salariais que persistiriam há cerca de dois anos. A assembleia ficará aberta por tempo indeterminado para que, caso seja da vontade dos médicos do hospital, qualquer ação possa ser tomada.

“Foi deliberado que na próxima semana, o Simers irá a São Lourenço do Sul tentar conversar com mais colegas sobre possível paralisação de serviços, visto que apenas três colegas participaram da reunião”, diz o presidente do Simers na Região Sul, Marcelo Sclowitz.

O representante da categoria informa também que uma das deliberações da assembleia é o encaminhamento de ofício solicitando audiência no Ministério Público sobre a situação.

De acordo com o Simers, os médicos da Santa Casa estariam com os pagamentos em atraso há cerca de 20 dias. Além disso, conforme o sindicato, a situação seria frequente no hospital há cerca de dois anos. Em 2023, os profissionais teriam ficado em torno de cinco meses sem receber. “Seguiremos articulando com políticos locais para auxílio na pauta”, diz sobre a situação financeira da instituição.

Outra demanda do sindicato em relação à Santa Casa de São Lourenço do Sul é acerca da formalização dos contratos com os profissionais, que segundo o sindicato, nunca teriam tido contratos formais.

“O Simers havia avançado bastante nesta proposição, porém, a direção da Santa Casa interrompeu as tratativas unilateralmente e sem justificativa. Seguiremos tentando restabelecer o diálogo com a direção da instituição”, conclui.

Hospital nega atrasos recorrentes

Em nota, a Santa Casa de São Lourenço do Sul, argumenta que desde o início da atual gestão haviam tido várias reuniões com o Simers. Além disso, o documento expressa que “não procede a afirmação de recorrentes atrasos relativos aos honorários médicos”.

No texto, a gestão diz ainda que em reunião o médico Diretor Clínico e conselheiro da Santa Casa teria afirmado desconhecer qualquer reivindicação dos profissionais.

“O Conselho Diretor do Hospital segue trabalhando intensamente para obter novos recursos e receitas, de forma a amenizar o déficit mensal da entidade e viabilizar o pagamento de todas suas obrigações em dia”, diz a nota.

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