A obra de reconstrução do trapiche está em estado avançado, podendo o cartão postal do Laranjal ser reaberto ao público já neste mês de novembro, antes do início oficial do verão.
Após ser arrasado pela enchente de maio, o trapiche permaneceu sem intervenções até meados de agosto, quando se iniciaram as obras de reconstrução.
O projeto, no entanto, é mais modesto do que o apresentado em julho pelo secretário de Ações da Cidade à época, Flávio Al-Alam. Ele estava orçado em quase R$ 1 milhão e previa o aumento da altura da estrutura e a troca de todo o material. A obra atual tem orçamento de R$ 600 mil, com recursos da iniciativa privada.
O que se manteve foi a previsão de abertura do trapiche em novembro. Ontem, operários trabalhavam na finalização dos corrimãos da estrutura de 385 metros, que ainda não acompanhavam toda a extensão e faltava serem aparafusados.
A estrutura já demonstra maior segurança do que no período anterior a maio, antes de ser destruída pela elevação da Lagoa dos Patos, quando madeiras do piso aparentavam estar podres e bambas.
O novo piso, ao contrário, apresenta-se sólido e sem os vãos que aumentavam a sensação de insegurança por quem transitava pelo trapiche. Quem trabalha na obra estima que entre dez e 20 dias ele esteja apto a receber o público.
A reconstrução do trapiche divide opiniões de quem frequenta o Laranjal. Para a moradora há 40 anos do bairro, a advogada Nara Chiattone, 56, uma estrutura de concreto seria mais proveitosa.
“De madeira, com o tempo o trapiche apodrece, mas parece que está ficando melhor do que antes. Vão ter que passar o verniz, alguma coisa, para permanecer mais tempo”, opina. “O trapiche é atrativo aos turistas, pelo menos uma das coisas que temos no Laranjal’, pondera.
A professora Ana Tereza Marra, 37 anos, é paulista e está de passagem por Pelotas. Ela lamenta o trapiche ainda não estar aberto ao público enquanto conhece a praia do Laranjal. “O trapiche parece bonito, dá vontade de andar sobre ele, mas ainda não pode”, disse.
William Daldegan, também professor de 37 anos, mora no Centro e estava no Laranjal para apresentá-lo à amiga. “Ainda não vi muito o novo trapiche, mas parece que está ficando bom. Ele faz falta ao Laranjal. É um ponto turístico da cidade, bacana, que bom que estão recuperando”.