Comunidade lembra morte do tenente Vernetti na Revolução de 23

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Comunidade lembra morte do tenente Vernetti na Revolução de 23

Por

Há 100 anos

O jornal A Opinião Pública lembrava o primeiro ano da morte do tenente Francisco de Jesus Vernetti, vice-intendente (vice-prefeito) de Pelotas e integrante das forças situacionistas durante a Revolução de 1923, ferido à bala por um jovem soldado de 15 anos na invasão de Pelotas em 29 de outubro daquele ano pelo revolucionário Zeca Neto. 

Vernetti foi baleado em frente ao 1º Posto Policial, atrás da Intendência (a atual prefeitura), onde comandava um efetivo de 13 homens. Seus comandados levantaram uma bandeira branca e foi estabelecida uma trégua.

O ferido recebeu os primeiros socorros em uma farmácia em frente ao posto e foi transferido em seguida à Beneficência Portuguesa, onde não resistiu à cirurgia. 

A morte de Vernetti provocou uma comoção em Pelotas. Médium espírita, nascido em São Lourenço do Sul, patrono do Centro Espírita no bairro Fátima, o tenente era uma pessoa estimada na comunidade pelotense. Em sua memória, uma rua foi consagrada no bairro Areal e a pequena praça da rua Professor Araújo foi batizada em seu nome, o conhecido até hoje Largo Vernetti. 

Revolução

As tropas de Zeca Neto invadiram o município por volta das 5h do dia 19 de outubro de 1923 (Reprodução)

As tropas do general maragato José Antônio Mattos Netto (Zeca Neto) atacaram Pelotas por volta das 5h da madrugada do dia 29, pegando a cidade de surpresa. Zeca Neto esteve com o município sob seu poder por seis horas. 

A Revolução de 1923  tinha o objetivo de derrubar o presidente (governador) do Estado, Borges de Medeiros, eleito em 1922. O conflito armado durou 300 dias e dividiu os gaúchos: os federalistas, maragatos, liderados por Joaquim Francisco de Assis Brasil, e os republicanos, também chamados chimangos, de Medeiros.  

O conflito chegou ao fim com a assinatura do tratado de paz de Pedras Altas, que pacificou o Estado.

Fonte: A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; Academia de História Militar Terrestre do Brasil

Há 50 anos

Pelotas tem representante na Mais Bela Comerciária

A representante de Pelotas trabalhava na farmácia Khautz (Foto: Reprodução)

A jovem Valdeci Afonso Pires, 19 anos, representando a farmácia Khautz, foi eleita a Mais Bela Comerciária de Pelotas. No mesmo concurso se tornaram princesas Fátima Holbig, da farmácia Deodoro, e Soila Melo, da loja Formosa.

Valdeci representou Pelotas no certame estadual da Mais Bela Comerciária. O novo desafio ocorreu em novembro em Porto Alegre. A jovem gostava de fazer passeios no campo, ir ao cinema e ouvir samba. Confiante, disse que a etapa seguinte seria mais fácil pois já sabia como era o concurso.

Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 20 anos 

Banda Ira faz show no Teatro Avenida 

A banda Ira era atração no extinto Teatro Avenida. Os músicos paulistas encerram a turnê Acústico MTV pelo Rio Grande do Sul com um show em Pelotas. 

Formada em 1981 pelos músicos Nasi, Edgard Scandurra, Evaristo Pádua e Johnny Boy, a banda chegou a anunciar o término do trabalho em 2007, mas retomou o projeto em 2014.

Este show marcou a despedida desses músicos também do palco do Avenida, fechado em 2004. Localizado na avenida Bento Gonçalves, o  cineteatro  foi construído pela empresa Xavier Santos, na época também administrante do Sete de Abril, e inaugurado em 13 de julho de 1927. 

Desde o surgimento, era espaço para exibições de filmes e apresentações de espetáculos.

O cineteatro, que recebeu shows como os de ídolos da música brasileira como Chico Buarque, Gilberto Gil e Tim Maia, fechou definitivamente há 20 anos. O prédio foi colocado à venda posteriormente e hoje está abandonado.

Em 2019 foi noticiado o interesse dos proprietários do Cine Guion de Porto Alegre em alugar o prédio por dez anos. A ideia era transformá-lo em um espaço cultural com salas de cinema, mas o projeto não foi adiante.

Banda paulista encerrou turnê gaúcha em Pelotas (Reprodução)

Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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