Mecânico presta depoimento à Polícia Civil do Paraná
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira21 de Novembro de 2024

Tragédia

Mecânico presta depoimento à Polícia Civil do Paraná

Os investigadores querem saber se os relatos condizem com o depoimento do motorista

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Mecânico presta depoimento à Polícia Civil do Paraná
Carreta apresentou problemas na caixa de câmbio por duas vezes, segundo relato do condutor do veículo. (Foto: Divulgação - PRF)

A Polícia Civil do Paraná (PCPR), que investiga o acidente de trânsito que resultou na tragédia envolvendo a equipe do Remar para o Futuro na noite de domingo na BR-376, em Guaratuba, litoral do Estado, ouviu um dos mecânicos que prestaram serviço ao veículo no trajeto entre Santos e o local do acidente. O outro deveria ter falado nesta quinta-feira (24), mas devido a um imprevisto ainda não falou com a polícia.

Os investigadores querem saber se os relatos condizem com o depoimento do motorista, o também pelotense Nicollas Otílio Lima Pinto, 30, que conduzia a carreta com contêiner. Inicialmente ele responderá por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No acidente morreram sete atletas, o coordenador do projeto, o coordenador e o condutor da van. Apenas uma pessoa sobreviveu.

A Delegacia de Delitos de Trânsito do Paraná trabalha com a informação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de que o caminhão perdeu o freio e derrubou, em cima da van, um container. O terceiro veículo envolvido conseguiu escapar. O delegado Edgar Santana ouviu o motorista na terça-feira (22). Já o mecânico que atendeu o motorista foi ouvido na quarta-feira (23). De acordo com a assessoria de imprensa da PCPR, não serão repassados detalhes dos depoimentos. A polícia aguarda o laudo da perícia.

Advogado relata ofensas em redes sociais

O advogado de Nicollas Lima, Richard Noguera, diz que o motorista e a família estão muito abalados e fragilizados pelo ocorrido. “Todas as manifestações estão sendo feitas por meio da Defesa Técnica constituída”. Sobre as críticas e ataques postadas nas redes sociais do condutor, que é natural de Pelotas, não serão respondidas. “Temos um total respeito às famílias das vítimas e confiamos nas investigações e no trabalho policial. O laudo pericial vai corroborar com o que o Nicollas disse em depoimento”, explica o advogado, em postagem em rede social.

Ao relatar alguns detalhes da viagem, Noguera explicou que o motorista havia saído de Santana do Livramento com uma carga em direção a Santos. Lá pegou outros produtos que levaria para a Argentina. Na saída, percebeu o problema na caixa de marcha e comunicou ao proprietário do caminhão, que providenciou o mecânico.

“Durante o serviço, o profissional sofreu um acidente de trabalho e não pôde dar continuidade no trabalho de recolocação da caixa de marcha. Outro foi chamado para concluir. Com isso, meu cliente pernoitou em um posto de combustível, portanto, ele não apresentava fadiga”.

Já no Paraná, o motorista notou novamente problemas no engate das marchas e foi socorrido pela concessionária da pista. O serviço foi feito e, ao testar, ele teria dito que ainda não estava adequado e novamente foi revisado. Com as marchas funcionando, seguiu viagem. Porém, na entrada da serra a peça voltou a apresentar falha e ele não conseguiu controlar o veículo na embreagem, explica o advogado.

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