“A gente tem que estar se superando para continuar com o esporte”

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“A gente tem que estar se superando para continuar com o esporte”

Presidente da Federação Gaúcha de Remo, Werner Gunther Hoher, 36, acompanhou em Pelotas o velório coletivo dos integrantes do Remar para o Futuro

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“A gente tem que estar se superando para continuar com o esporte”
Werner é ex-atleta de remo desde 1998 e professor de Educação Física. (Foto: Divulgação)

O presidente da Federação Gaúcha de Remo (RemoSul), Werner Gunther Hoher, 36 anos, esteve em Pelotas nesta terça-feira (22) para acompanhar o velório coletivo dos integrantes do projeto Remar para o Futuro. Werner é ex-atleta de remo desde 1998 e professor de Educação Física. Ele faz parte de uma família de praticantes da modalidade, e já foi árbitro, treinador e vice-presidente da Federação. Hoje, ainda atua como treinador e praticante de remo.

Qual legado o projeto Remar para o Futuro deixa para a comunidade e para o esporte de remo no Rio Grande do Sul?

O legado que o esporte ganhou com o projeto Remar para o Futuro é imensurável, porque com um pouco que tinha, o Oguener [Tissot] sempre conseguiu fazer um grande desenvolvimento aqui no remo regional através do esporte, educação, da mudança social para formar cidadãos, além de atletas. E sem contar os resultados que teve, não só no nível nacional, mas também atletas que já representaram o Brasil em competições internacionais. O esporte como um todo sofre quando acontece uma catástrofe como aconteceu esse ano, com a enchente. A gente já foi muito resiliente em relação a isso. Todos os treinadores e clubes do Estado atuaram na linha de frente, salvando pessoas. Agora essa tragédia vem pra nos mostrar de novo o quanto a gente tem que estar se superando para continuar com o esporte, com a mesma paixão e entusiasmo que o Oguener tinha.

O projeto elevou o remo gaúcho a outro patamar. Como você avalia a importância disso?

Digamos que o Oguener, através de um processo didático diferenciado e também com uma captação de talentos através das escolas públicas de Pelotas, conseguiu que o remo se tornasse de novo um grande movimento esportivo, não só na cidade de Pelotas, mas também para o Estado. E as medalhas e os resultados estão aí para provar.

A Federação planeja algo para preservar a memória do projeto e seus integrantes?

A gente já teve uma pré-conversa com o coordenador do projeto, que é o Fabrício Boscolo, da Universidade Federal de Pelotas. Em conjunto, vamos achar uma solução para que o projeto continue sempre ativo e que consiga revelar mais talentos e, enfim, continue trazendo bons frutos não só para o esporte, mas também para a sociedade como um todo. A ideia é sofrer o luto que todos estão passando agora nesse exato momento, que é a maior tragédia do remo. Futuramente, pensar em políticas públicas, apoios, patrocínios.

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