Aquecendo a disputa do segundo turno, os candidatos à prefeitura de Pelotas, Fernando Marroni (PT) e Marciano Perondi (PL), esperam agora por mais dinheiro de seus partidos para intensificar a reta final da campanha.
Após o primeiro turno, a campanha de Fernando Marroni (PT) recebeu mais R$ 495,9 mil em recursos do fundo eleitoral do partido. Com isso, a candidatura petista soma R$ 1,6 milhão em recursos do fundo, somando repasses do PT e do PSOL, partido da vice Daniela Brizolara. Até agora, a campanha do PT gastou R$ 963,3 mil.
Já a campanha de Marciano Perondi (PL) até agora não recebeu nenhum valor do fundo eleitoral do partido nesta primeira semana do segundo turno, mas já obteve R$ 24,5 mil em doações. No primeiro turno, o PL repassou R$ 605 mil. A campanha recebeu também outros R$ 133,3 mil em doações de pessoas físicas, somando R$ 738,3 mil em receita. Até agora, a campanha do PL soma R$ 398,2 mil em despesas.
A situação do PL, no entanto, é delicada, e Perondi pode não contar com repasses vultosos no segundo turno. Ainda na última semana do primeiro turno, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o partido já havia gastado todo o valor a que teve direito do fundo eleitoral e que o PL teve que recorrer a pouco mais de R$ 50 milhões do fundo partidário para reforçar o orçamento da sigla.
Fundão bilionário
PL e PT foram os partidos que mais receberam recursos do fundo eleitoral, o chamado fundão, em 2024. Para o PL foram R$ 886,8 milhões, enquanto o PT recebeu R$ 619,8 milhões.
Neste ano, o fundo eleitoral soma R$ 4,9 bilhões, mais que o dobro do valor destinado às eleições municipais de 2020, que foi de R$ 2 bilhões, e é o mesmo valor de 2022, quando foram eleitos presidente, governadores, senadores e deputados.
O fundão de R$ 4,9 bilhões foi aprovado pelo Congresso Nacional no ano passado e é 400% maior do que a soma prevista pelo governo, que propôs R$ 900 milhões na proposta de orçamento. O valor é dividido entre os partidos de acordo com o número de eleitos em 2022.
O fundo eleitoral é diferente do fundo partidário. O fundo eleitoral foi criado em 2017 e repassa parte do orçamento da União especificamente para a realização de campanhas eleitorais. Já o fundo partidário foi criado em 1995 e, além das campanhas, pode ser destinado a outras atividades dos partidos.