Pavilhão da agricultura familiar reforça cultura colonial na Expofeira

Agronegócio

Pavilhão da agricultura familiar reforça cultura colonial na Expofeira

Ao todo, 31 estandes expõem segmentos de agroindústrias, floricultura e artesanato rural

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Pavilhão da agricultura familiar reforça cultura colonial na Expofeira
Visitantes têm acesso a grande diversidade de produtos locais (Foto: Jô Folha)

Até este domingo o público tem a chance de visitar o estande da agricultura familiar na Expofeira de Pelotas. Em um espaço dedicado especialmente aos produtores locais de pequeno porte, uma gama imensa de mercadorias aborda os benefícios sociais, econômicos e ambientais que o setor oferece para a cidade e região. Neste ano são 31 estandes divididos em três segmentos: agroindústria, floricultura e artesanato rural.

De geração em geração

Comercializando frutas cristalizadas e uma pasta de pêssego exclusiva da Doces Vô Jordão, Cibele Costa, 51 anos, leva a receita de família à risca na produção. Diretamente da colônia Santo Amor, no interior de Pelotas, é a primeira vez que a empresa integra o pavilhão no evento. Movimento importante para um grupo familiar conhecido pelo doce de pêssego há gerações.

“A pasta de pêssego é um doce que minha família produz desde 1965. Agora a gente está pela primeira vez na Expofeira apresentando nosso trabalho”, aponta Cibele. “Na nossa região eram 20 famílias que produziam esse doce. Atualmente somos só nós. Temos orgulho de sermos detentores do saber fazer das pastas de pêssego, reconhecido pelo Iphan”, acrescenta.

Produção e oportunidade

Há 12 anos na produção de linguiças e salames coloniais, Charles Griep, 34, tem a empresa no Triunfo, na divisa entre os municípios de Canguçu e Pelotas. O que motivou a abertura da agroindústria foi a cultura deixada pela falecida avó, que tinha a tradição de produzir linguiças elogiadas pela comunidade. Com a oportunidade em mãos, o neto decidiu tocar o negócio com a alma e a receita dos antepassados.

“Estamos na Expofeira há dez anos, sem falhar. Todos os anos estamos aí juntos, batalhando, nos unindo, para cada vez aumentar mais a agricultura familiar”, salienta o produtor. “Agricultura é a base de tudo. Não é fácil o dia a dia do colono. É chuva, é sol, é alagamento, e sempre tem perda. Comprando o que é daqui, o dinheiro fica aqui e ajuda as famílias”, complementa.

Prestígio local

Moradora do Areal, Evani Morales, 73, garante que sempre que encontra possibilidade se faz presente nos eventos locais, pois eles fomentam a economia regional. “Todos esses eventos temos que prestigiar”, diz.

Degustando pequenas doses de jurupinga, outro produto desenvolvido por uma empresa pelotense, Evani faz graça e assegura que sua felicidade nada tem a ver com a quantidade de álcool presente no sangue, mas sim por desfrutar um ótimo atendimento e deliciosos alimentos oferecidos no espaço da agricultura familiar.

“É a primeira vez que venho. Estou sendo muito bem atendida e percebendo que tem coisas muito gostosas. Estou fazendo uma pequena degustação para ver se daqui a pouco eu venho aqui buscar uma bebida”, diz Evani. “A gente tem que prestigiar o que é nosso, depois de tudo que passamos no Rio Grande do Sul”, conclui.

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