Um registro traz boas lembranças aos Oliveira Gonzalez

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Um registro traz boas lembranças aos Oliveira Gonzalez

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Há 50 anos – Chegou até a Redação, por meio do músico Marquinho Brasil, que o registro da coluna Memórias de quarta-feira, 2 de outubro, intitulado 48ª Expofeira movimenta a Associação Rural de Pelotas trouxe importantes lembranças para a família Oliveira Gonzales. Ao verem a imagem que ilustra a publicação, as filhas de Air Oliveira Gonzales relembraram um feliz momento, uma história que compartilharam com o A Hora do Sul. 

Carmen e o pai Air Gonzalez fotografados assistindo ao julgamento dos animais na Expofeira (Acervo da família Oliveira Gonzalez)

Na fotografia estão em primeiro plano pai e filha: Carmen e Air Oliveira Gonzales acompanhavam o julgamento do gado jersey.  Na pista da Associação Rural de Pelotas estavam exemplares criados por Gonzales.

Carmen não tem certeza sobre a data de nascimento do touro que aparece na imagem (talvez uma ou duas feiras antes), mas se recorda que ele era chamado de “Tarcísio Meira” por seu pai. Uma referência bem-humorada ao famoso ator paulistano, galã de novelas, que tinha estado em Pelotas na época da chegada do bezerro.

Desde 1960, Gonzales criava gado leiteiro na Estância Costinha, atividade que desenvolveu até sua morte em 2006. “A avó Albertina (de Oliveira Gonzalez), mãe do pai, era irmã do Joaquim Oliveira. Então o pai se formou em Agronomia e foi trabalhar numa granja da 4 Irmãos”, conta a irmã de Carmem, a médica veterinária Helenice Gonzales, esposa do músico.

Como a granja tinha uma leitaria, o jovem Air se encantou por essa área e resolveu investir em gado leiteiro, em uma propriedade na Cascata, nos fundos do famoso restaurante Costinha. Inicialmente criou jersey e, posteriormente, holandês.

Legado do pecuarista 

Carmen Gonzalez atualmente cuida da propriedade herdada do pai, junto com os irmãos (Acervo Oliveira Gonzalez)

Carmen, a garotinha que olhava atentamente a movimentação na pista da ARP, em 1974, cresceu e se formou em Análises de Sistemas, área em que atuou durante 20 anos em Curitiba. Após a morte do patriarca, ela retornou a Pelotas para apoiar os irmãos na continuidade das atividades agropecuárias da família. “Hoje mora na propriedade e continua a criar os animais da sucessão do pai junto a família”, conta Helenice.

Outra história de família

Joaquim Oliveira era primogênito de uma família de portugueses, nascido na aldeia portuguesa de Almalaguês, em 10 de maio de 1896. Aos 15 anos migrou para o Brasil. Em Pelotas passou a trabalhar no armazém O Botafogo, onde aprendeu a comprar e vender, conhecimento que o fez prosperar.

No início da década de 1920, com uma situação financeira estável, recebeu em Pelotas os irmãos mais jovens: Manuel, Urbano, João e Lauro. Porém, Manuel Oliveira faleceu precocemente aos 23 anos. De suas três irmãs, somente a mais nova, Albertina, veio para o país. 

Em 1950, os irmãos Joaquim, Urbano, João e Lauro fundaram a Granjas 4 Irmãos S/A, com a finalidade de estender a união da família neste setor, que também comprou um engenho quase falido e o recuperou para trabalhar com o arroz. O plantio e criação de gado feitos no Taim, posteriormente foi estendida para Santa Vitória e outras regiões.

Fonte: https://www.granjas4irmaos.com.br/institucional

Há 100 anos

Companhia Aura Abranches se despede de Pelotas com A pluma verde

Depois de uma curta temporada, a companhia da atriz portuguesa Aura Abranches fez a última récita no Teatro Sete de Abril, com a peça romântica A pluma verde, que estreou dois anos antes em Madri. O espetáculo de despedida fez o público lotar a casa.

Em Pelotas, a companhia apresentou um repertório inédito. Porém para A pluma verde foram trazidos todos os cenários e guarda-roupa completo. A obra ainda levou todos os atores para o palco. Uma produção cara, que envolveu altos custos para ser encenada no Brasil. 

Aura era a estrela, diretora artística e autora de algumas peças, mas a direção desta peça foi do ator cômico Grijó. Em crítica publicada pelo jornal A Opinião Pública, o único tom destoante foi a presença cênica do ator Alexandre Azevedo, que interpretou o personagem masculino principal. 

Na publicação, o crítico justifica o seu desapontamento: “… por não ter querido ou sabido conduzi-lo com o ‘carinho’ com que o seu ‘bruto’ papel na trama da peça está desenhando, …por não se adaptar bem o seu temperamento a tão difícil personagem”. Porém em outros espetáculos, a atuação de Azevedo, que também interpretava mulheres no palco, havia sido elogiada.

Fonte: A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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