O A Hora do Sul promoveu, na noite desta terça-feira (1º), debate com quatro candidatos à prefeitura de Pelotas. A cinco dias das eleições, o encontro foi promovido para levar aos eleitores as propostas de cada postulante e para possibilitar o confronto de ideias entre os concorrentes.
Sediado na Associação Comercial, a organização contou com a parceria da Aliança Pelotas. O debate foi transmitido pelos canais do Jornal na internet e pela rádio Liberdade FM.
Além disso, na edição do final de semana do A Hora do Sul, os leitores terão acesso a uma matéria com o registro de todas as respostas de cada candidato no debate, que servirá como um documento em que as propostas e promessas dos candidatos estarão registradas para posterior conferência pela população.
Participaram os candidatos Fernando Estima (PSDB), Fernando Marroni (PT), Marciano Perondi (PL) e Reginaldo Bacci (PDT). Irajá Rodrigues (MDB) não pode comparecer por motivos de saúde.
Confira a seguir o primeiro tema e um dos mais importantes questionamentos levantados aos postulantes:
Pelotas precisa acelerar sua industrialização, gerar mais emprego e renda. Quais suas propostas para desburocratizar o serviço público neste setor, atrair novos negócios e fomentar o desenvolvimento econômico e social da cidade?
Reginaldo Bacci (PDT):
- “A gente tem tratado deste tema desde o primeiro debate. Precisamos formular uma política pública de atração, de manutenção e de estímulo ao empreendedorismo local. Significa que nós temos que ter em nossa cidade, por exemplo, um distrito industrial municipal que tenha toda a infraestrutura necessária, água, saneamento, energia, acesso, para podermos atrair empresas para esse distrito. Segundo ponto, ela não virá por isso, mas virá porque temos que ter uma política tributária que dê às empresas interessadas em investir em Pelotas, por exemplo, redução de tributos. E eu já disse e já me comprometi com o Cipel de reduzir o ICMS, se for o caso, por dez até 20 anos. Então nós temos clareza da necessidade desse projeto, da necessidade de que Pelotas se desenvolva. Essas duas formas bem objetivas para o desenvolvimento local. Também temos que pensar que tipo de desenvolvimento nós queremos. Temos cinco áreas que vamos investir pesado: a economia criativa, inovação e tecnologia, agroindústria, o hub em saúde e na construção civil. Estamos propondo que a isenção que a Câmara dá anualmente, seja feita a cada quatro anos. Com essas políticas nós acreditamos que podemos atrair para Pelotas, novas empresas, estimular o empreendedorismo local e alavancar o desenvolvimento econômico e social.”
Fernando Marroni (PT)
- “O tema do desenvolvimento requer que o município não obstrua os investimentos que chegam a cidade, que ela possa ser um facilitador que desburocratiza a gestão para que em um tempo hábil todos possam fazer esses investimentos na cidade. Precisamos fortalecer a nossa economia local, Pelotas tem uma grande vantagem, nós temos serviços, comércios e indústria. Se nós fortalecemos cada um desses setores, vamos dar um passo muito importante em direção ao desenvolvimento econômico da cidade e em direção ao desenvolvimento social. Mas nós temos novas fronteiras, uma delas é a retomada do polo naval em Rio Grande. Quando o polo estava funcionando, várias empresas daqui funcionavam para o polo naval. E muitos trabalhadores tiveram boas oportunidades. Segundo, temos a exploração da bacia de Pelotas, que é uma fronteira enorme, um desenvolvimento para a nossa região que precisamos aproveitar. E eu vou fazer dentro da prefeitura o portal das oportunidades para que empregados e empregadores tenham em uma ferramenta digital todas as informações e possam fazer acesso quem busca emprego ou os empreendimentos. E por último a geração de energia elétrica que além de gerar empregos, gera oportunidades e muito ICM para a cidade geradora.”
Fernando Estima (PSDB)
- “Falar de desenvolvimento econômico em Pelotas para mim é fácil. Eu fui secretário de desenvolvimento, implementamos um Parque Tecnológico, tiramos o Porto de uma movimentação de 200 mil toneladas e hoje é mais de um milhão de toneladas. Inauguramos muitas empresas aqui e alguns criticam como se aqui nada acontecesse. Basta ver que aqui não tinha nem shopping e quando eu fui secretário inauguramos o shopping. Olhem esse eixo de desenvolvimento em direção ao Laranjal, o que cresceu. Construímos mais de dez mil unidades habitacionais de toda ordem, desde minha casa, minha vida. Nós vamos fazer uma política agressiva. Na época não tinha água e a Michele conseguiu botar a estação de tratamento, não tinha o aeroporto internacional, não foi trabalhado. E ao contrário do polo naval que parece uma virtude, o PT destruiu o polo, R$ 8 bilhões de déficit ficou aqui, quebraram empresas em toda a região. Estamos tentando manter em pé os estaleiros e reconverter suas vocações, trabalhei no Porto para manter isso em pé. O microcrédito para acessar em todos os bairros também foi uma política que experimentei e quero ter mais energia tanto da iniciativa privada quanto pública para apostar no microempreendedor. Vamos fazer a sala de desburocratização e celeridade em todos os processos.”
Marciano Perondi (PL)
- “Falar em desburocratização é difícil entender como isso será feito pelo PSDB, governo que temos hoje. Mas temos que tratar e muito, é a principal bandeira que trago é a burocracia, nós temos que desburocratizar essa cidade. Temos um distrito industrial hoje que não funciona por burocracia para desenrolar esse distrito. Nós temos que fazer outro só que privado, tudo que é público, é complicado de lidar, então é estado mínimo. Temos que trazer esse investimento privado, atrair para cá energia barata. Temos que trazer gás encanado de Rio Grande para cá, tem possibilidade de fazer isso. Só nisso, nós vamos conseguir desenvolver a indústria metal mecânica. Nós temos que trazer para cá esmagador de soja, que já estamos em contato para trazer, usina de arroz ou de sorgo, que é uma outra possibilidade, que a gente consegue produzir álcool em grande quantidade. Então tem muitas possibilidades para fazer. E pretendemos o mais rápido possível desburocratizar tanto licenças para o meio ambiente, porque hoje é muito difícil conseguir uma licença ambiental e isso pode ser por auto regulação, não precisa passar pela prefeitura. Isso vai agilizar muito, será uma das primeiras coisas que a gente fará e também mais investimentos para pelotas, porque é dever sim do prefeito correr atrás, facilitar e trazer investimento, empresas para cá porque pelotas precisa crescer e não será com o PSDB.”