Historiador desfaz confusão sobre título nobiliárquico

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Historiador desfaz confusão sobre título nobiliárquico

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Leopoldo Antunes Maciel, ex-proprietário da Casa 6, era o barão de São Luís (Foto: QZ7 Filmes)

Na coluna Memórias, edição de final de semana, o tema principal foi sobre o Casarão 6, da praça Coronel Pedro Osório, construído há 145 anos. Uma curiosidade que não pode ser publicada, vem do livro de crônicas História aos domingos, do escritor e historiador Mario Osorio Magalhães.

Na crônica Um barão a menos, o historiador esclarece um mal entendido sobre os títulos nobiliárquicos da família Antunes Maciel.

Leopoldo Antunes Maciel, ex-proprietário da Casa 6, era o barão de São Luís, seu primo, Aníbal Antunes Maciel, antigo proprietário da Chácara da Baronesa, era o barão dos Três Cerros. Porém, por muitos anos foi atribuído erroneamente o título de Barão Cacequi para Francisco Bernardo Antunes Maciel, proprietário do Casarão 8 (hoje Museu do Doce/UFPel) e irmão de Leopoldo. 

Assinatura e confusão

Leopoldo e Francisco Bernardo eram dois dos seis filhos de Eliseu Antunes Maciel (1810 – 1881), primeiro proprietário do casarão que hoje abriga o Museu Leopoldo Gotuzzo (Malg/UFPel). De acordo com Magalhães, só houve um barão de Cacequi na monarquia brasileira e ele se chamava Frederico Augusto Mesquita, um militar, provavelmente carioca, que morreu em Porto Alegre, em 1842. A confusão pode ter acontecido, porque o decreto que referendou o título foi assinado pelo conselheiro Francisco Antunes Maciel, que era Ministro do Interior.

Fonte: História aos domingos, do escritor e historiador Mario Osorio Magalhães.

Há 50 anos

Duo Milewski é atração no Conservatório de Música

O Conservatório de Música recebeu na segunda quinzena de setembro o recital do Duo Milewski, formado pelo violinista polonês Jerzy Milewski e pela pianista brasileira Ilze Trindade. No programa, dividido em duas partes, estavam peças como a Sonata Opus 1, número 10, de Schubert, a Sonata número 12 de Paganini e a sonata para violino e piano de Debussy. O evento teve o patrocínio do Ministério da Educação e Cultura.

Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 100 anos

Recreio dos Artistas dá posse a nova diretoria ao completar 44 anos

O 44º aniversário do clube recreativo Recreio dos Artistas foi a oportunidade para a posse da nova diretoria. A sessão solene foi seguida por um baile em homenagem ao novo presidente. A comissão organizadora do evento era composta por Lydia Franke, Julieta Oliveira da Silva e Iwanoska Rocha, Paulo Martins, Manoel Fernandes e Jacinto Oliveira. A orquestra tinha a direção de Francisco Santos. 

De acordo com historiadora Beatriz Ana Loder, no artigo Pelotas se diverte: clubes recreativos e culturais do século 19, o Recreio dos Artistas era uma entidade que representava “a elite da nobre classe artística, com clara origem maçônica, mesma origem da sociedade mutualista Classes Laboriosas, com quem ela compartilhava inúmeros diretores”.  

No mesmo artigo a pesquisadora aponta que a Recreio dos Artistas pode ter sido a “matriz de diversos outros clubes carnavalescos e teatrais”. Por não ter sido recuperado o seu estatuto, Beatriz Ana Loder deixava claro que a entidade “restringia sua associatividade aos artistas, pois em 1886, se tem longa notícia sobre modificações propostas pela diretoria à Assembléia Geral, orientando para que “possam ser admitidos cavalheiros que pertençam ao corpo comercial, a quem a sociedade é devedora de inúmeras atenções” (Diário de Pelotas, 23/6/1886)”.

Fontes: A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense;

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