Custo da cesta básica sobe 6,86% em setembro
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira13 de Novembro de 2024

Variação

Custo da cesta básica sobe 6,86% em setembro

Produtos hortifrutigranjeiros são os principais responsáveis pelo aumento

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Custo da cesta básica sobe 6,86% em setembro
Tomate foi o vilão, subindo 85,24% no mês. (Foto: Rita Wicth)

Pelotas registra aumento de 6,86% no custo da cesta básica no mês de setembro, aponta pesquisa realizada pelo Serviço de Educação ao Consumidor do Procon. O valor do cesto totalizou R$ 1.264,92, com 34 produtos apresentando acréscimo em relação ao mês de agosto. Os produtos hortifrutigranjeiros foram os itens que mais registraram suba: o quilo do tomate 85,24%, seguido pelo mamão (62,26%), cenoura (46,86%) e alface (26,86%).

Dos 51 itens que compõem a cesta, 14 produtos apresentaram queda mais evidenciada: amaciante (2l): -15,72%; linguiça fresca embalada (kg): -14,91%; sabão em pó -8,32%; banana (kg): -7,12% e presunto magro fatiado (kg): -6,72%. Mantiveram estabilidade no preço a pasta dental (90g) e o achocolatado (370g a 400g).

Além da cesta básica, a ração essencial também teve 13 itens pesquisados e contabilizou aumento de 9,73%, com total de R$ 606,44. Em agosto, o valor registrado na ração essencial foi R$ 552,66; na cesta básica completa R$ 1.183,65.

Clima é o vilão dos preços

O alto volume de precipitação de água na região é um dos principais fatores para o aumento dos preços das frutas e verduras. Na última semana, Pelotas registrou acumulado de mais de 400 milímetros de chuva e ventos de 57 quilômetros por horas.

De acordo com o produtor rural Júlio Bauer, da Estrada da Gama, Monte Bonito, as fortes chuvas e ventos são os principais responsáveis pela colheita escassa. “Morango eu perdi mais de 60% da plantação sem contar a fruta miúda que já está manchada”, explica.

Em função dos ventos que levantaram os túneis em que são plantadas as alfaces, o produtor também perdeu parte da produção. Com a redução na oferta de produtos, as vendas de Bauer caíram tanto em agosto quanto em setembro. “Hoje trouxe para a feira da Bento mais variedade de legumes, mas para as próximas duas feiras que participo nesta semana não terei tanta variedade de produtos”, lamenta.

Pesquisa de preços

Para driblar a alta nos preços do tomate e do mamão, a aposentada Ana Maria Medina compra frutas e verduras de diversos locais. “Faço pesquisa para comprar, pois muitas vezes no supermercado e em fruteiras é mais barato do que na feira, mas tem alguns produtos que só encontro aqui na feira da Bento”, diz. Aposentada não fica sem consumir os produtos que gosta, mas faz adequações para não comprometer o orçamento.

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