Chuva expõe desafios a Pelotas

Editorial

Chuva expõe desafios a Pelotas

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Chuva expõe desafios a Pelotas
Lixo acumulado nos canais dificulta o escoamento da água da chuva. (Foto: Jô Folha)

As fortes chuvas dos últimos dias trazem à tona um debate que já deveria estar mais avançado em Pelotas. A cada chuva, pontos específicos da cidade alagam. São repetições que todo morador já decorou, mas ainda assim seguem acontecendo. Como mostra nossa capa da edição impressa desta terça-feira (24), não adianta culpar apenas o poder público: a população tem sua parcela de responsabilidade, já que os descartes irregulares contribuem para atrapalhar o escoamento nos canais e valetas.

No entanto, a drenagem urbana em diversos pontos é um problema histórico e a chuva vem em um momento de campanha eleitoral. A coisa, enfim, está caminhando para um tom mais aprofundado de discussão entre os candidatos e é preciso lembrar que, fora as críticas e admissões de problemas, é preciso trazer soluções. Nos últimos embates, os candidatos estão indo muito para um lado de “sou melhor que você” e ataques partidário-ideológicos. Mas e as ideias, candidatos? Se não agora, quando vamos discutir os problemas-chave de Pelotas na prática? A drenagem urbana é um deles.

O próximo prefeito, seja lá quem for, qual linha segue e quais seus aliados, precisa correr para buscar recursos para drenagem urbana e aprimoramento do sistema de esgotamento. É urgente. Os problemas se repetem, ano após ano, gestão após gestão, mas a solução não é apresentada. Todo mundo sabe que o Laranjal vai alagar, a São Paulo, nas Três Vendas, vai ficar intransitável, o Canal do Pepino vai extrapolar em alguns pontos e tantos padrões mais que se mantêm.

A população, além de fazer sua parte na urna e na cobrança ao poder público, vai ter que mudar o comportamento também. Todo mundo adora elogiar a limpeza de cidades como Gramado e Curitiba, mas a solução para isso passa pelo comportamento. A gestão pública até tem a obrigação de manter tudo limpo, mas é o cidadão quem carrega a responsabilidade de não fazer descartes irregulares e respeitar o local onde vive.

Com isso tudo, Pelotas precisa entrar em um ciclo de respeito, tanto do ente público quanto do indivíduo. Esse é o caminho para ser uma cidade melhor.

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