Primavera começa no domingo com pouca influência do La Niña

Clima

Primavera começa no domingo com pouca influência do La Niña

Até metade de outubro, chuva e tormentas ainda atingirão a Zona Sul

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Primavera começa no domingo com pouca influência do La Niña
Estação das flores requer cuidados com o sistema respiratório (Foto: Jô Folha)

Neste domingo (22), mais precisamente às 9h44min, o inverno úmido da Zona Sul do Estado se despede de 2024. A primavera se inicia com neutralidade climática. O fenômeno La Niña deve aparecer por outubro e, com isso, setembro ainda terá chuva e temporais. Depois, as precipitações serão irregulares e as temperaturas estarão acima da média.

De acordo com a meteorologista Estael Sias, da MetSul, a estação será bem diferente da de 2023, quando o oceano Pacífico estava mais aquecido – o que favoreceu enchentes recorrentes. Na avaliação, o fenômeno climático será de intensidade fraca e um ciclo curto entre a primavera e meados do verão.

“Essa condição de certa forma impacta o regime de chuva principalmente no verão, pois será mais irregular, o que caracteriza o clima típico da estação mais quente do ano”, afirma. A tendência é de uma primavera com temperatura acima da média até com ondas de calor entre outubro e novembro. “O ar quente é combustível para os temporais, típicos dessa época do ano. Na Zona Sul e região de Pelotas, por estar perto da fronteira com o Uruguai, terá um pouco desse regime de precipitação, ou seja, frequência maior de tempestades e chuvas que podem ser excessivas na Metade Sul do Estado”, completa Estael. Na segunda quinzena de outubro, aumenta o espaçamento entre as chuvas com mais períodos de tempo seco.

Atchim

Entre as características da primavera, além do vento, tem as alergias. A pneumologista Helena Souza van der Laan, médica reguladora, diz que é durante a primavera que o pólen das flores e gramíneas são carregados pelo vento. Associados a ácaros que se proliferam nas mudanças de estação, tornam-se alérgenos capazes de desencadear crises de rinite, asma e outras alergias.

Segundo a especialista, os sintomas são rinite alérgica, que é uma doença crônica que cursa com espirros frequentes, lacrimejamento, coceira no nariz e garganta, coriza nasal, cefaleia e tosse. Helena esclarece que a diferença entre uma crise de rinite e um resfriado basicamente são os sintomas sistêmicos que acompanham a infecção viral, tais como febre, prostração, cansaço e dor muscular.

“Os cuidados especialmente para a rinite são evitar ambientes sem ventilação, controlar o mofo e a umidade e utilizar higienização do nariz com soro fisiológico”, pontua. Ela lembra que a fumaça gerada pelas queimadas no país pode agravar e até desencadear sintomas novos, que vão desde irritação nos olhos, nas vias aéreas superiores, aumento do risco de infecções respiratórias e exacerbação de doenças cardiovasculares como arritmias e descompensação de insuficiência cardíaca.

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