Convocado em agosto para mais um Mundial da Federação Internacional de Padel (FIP), o pelotense Francisco Gomes, 43 anos, é um dos grandes nomes da história do Brasil na modalidade. Vive na Espanha há quase duas décadas. Na Europa, evoluiu e se consolidou entre os melhores do esporte. De 28 de outubro a 2 de novembro, será um dos representantes de Pelotas no Mundial em Doha, no Catar. Chico participará do torneio pela oitava vez na carreira.
Desde que ano tu resides na Espanha e o que te levou a tomar essa decisão na época?
Desde 2007. Quando eu estava de número 1 do Brasil em 2006, com o jogador argentino Miguel Lamperti, resolvemos no final daquele ano ir à Espanha nos testar no circuito mais forte do mundo, que era o conhecido Padel Pro Tour. A partir daí vimos que tínhamos um nível internacional forte, pois vencemos muitas duplas top do mundo. Chegamos em uma semi do Campeonato Espanhol e tivemos mais alguns resultados muito bons. Então resolvi voltar no ano de 2007 para fazer o circuito completo.
Do ponto de vista individual, quais foram os principais pontos de evolução do teu padel estando fora do Brasil?
Tive a possibilidade de me medir contra os melhores do mundo, e a partir daí ir polindo muitas facetas do meu jogo para competir em alto nível. Consegui melhorar o meu nível técnico, tático e físico, graças também aos meus treinadores.
Quais resultados ou competições tu considera as melhores ou mais valiosas da tua carreira?
Cheguei em uma final do Padel Pro Tour em 2011, fui vice-campeão do mundo pelo Brasil em 2006, joguei um Master Final em 2016. E tive inúmeros outros resultados, são muitos anos de padel. Venci muitas duplas top do mundo.
Hoje há padelistas de Pelotas muito jovens já convocados para seleções. Qual tua opinião sobre essa forte renovação na cidade?
Acredito que temos vários jovens com alto nível que já são promessas. Terão que dar o passo mais difícil que é o profissionalismo. O Brasil necessita renovação de alto nível para poder seguir competindo entre as maiores potências do padel mundial, pois a cada ano que passa estamos perdendo mais espaço para países mais jovens no esporte. Mas acredito que é possível.
