Patrimônio edificado inspira nova série de Renata Galbinski H

Exposição

Patrimônio edificado inspira nova série de Renata Galbinski H

Com técnica híbrida, que integra fotografia e tinta, a artista aborda questões de memória e identidade patrimonial

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Patrimônio edificado inspira nova série de Renata Galbinski H
Renata leva para as telas detalhes modificados ou não da arquitetura histórica. (Foto: Divulgação)

Até 14 de setembro é possível visitar a exposição Detalhes da memória: Pelotas, na galeria JM Moraes, do espaço Ágape. As obras são pinturas híbridas integrando fotografia a camadas de tinta que destacam e/ou transformam detalhes de prédios históricos do município capturados pela artista Renata Galbinski H. A visitação pode ser feita das 10h às 12h e das 14h às 19h, de segunda a sexta-feira, e das 14h às 18h, nos sábados.

Com um trabalho artístico voltado para as questões da preservação do patrimônio cultural, Renata Galbinski H leva ao público nesta série o seu olhar sobre as próprias memórias. Natural de Rio Grande, a artista reside em Porto Alegre desde criança, porém a ligação com a Zona Sul do Estado permaneceu.

E um desses elos está no destacado patrimônio local, especialmente porque Renata, que é arquiteta, vinculou sua trajetória profissional às questões patrimoniais. Porém, a fotografia veio antes de tudo isso. Ainda estudante secundarista, fez curso nesta área e dela nunca largou totalmente. Um novo impulso para retomar a arte fotográfica surgiu durante um estágio no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, quando ela trabalhava fotografando bens patrimoniais.

Quando ela começou a produzir arte, há cerca de nove anos, essa atividade foi junto, porque Renata queria continuar fazendo uma ação, que ela considera como de educação patrimonial. “Que através da minha produção artística as pessoas possam se questionar, enxergar e buscar esse patrimônio, de alguma forma serem tocadas por esse patrimônio cultural”, diz.

Diferentes percursos

Na série que apresenta sobre Pelotas, Renata explora a beleza das edificações do final do século 19 na sua integralidade ou a partir de elementos. “Eu extraio um detalhe de um detalhe de um patrimônio e o descontextualizo”, comenta.

As imagens foram capturadas durante diferentes percursos pela cidade, um hábito que a ajuda a construir memórias. “Mesmo que você faça o mesmo percurso vai trazer outros detalhes, essas são as minhas apreensões de uma paisagem maior. A série é um convite ao passeio pelo meu olhar e aí vem a questão da identidade, outros vão se identificar com essa perspectiva”, fala.

Para as obras as imagens fotografadas, modificadas ou não, entram como uma colagem ou impressas direto na tela. Com a tinta Renata cria um outro universo para aquele fragmento, o leva a outra dimensão.  “Às vezes eu trabalho a superfície do quadro com sobreposição de camadas de tintas como se fossem uma parede, muitas vezes eu tento fazer com que a pintura se harmonize com a fotografia, retrabalhando a imagem ao apagar ou ressaltar um elemento”, explica Renata, que foi fundadora e proprietária, juntamente com a irmã, da galeria Gravura, na capital.

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