Exposição mostra restauro de obras de arte vandalizadas em Brasília
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira19 de Setembro de 2024

Patrimônio

Exposição mostra restauro de obras de arte vandalizadas em Brasília

A partir de registros fotográficos Iphan abre ao público como está sendo desenvolvido o trabalho do Lacorpi/UFPel

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Exposição mostra restauro de obras de arte vandalizadas em Brasília
Mostra permanece no saguão do auditório do Iphan até outubro (Foto: Roberto Heiden)

Inaugura hoje no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília, às 14h, a exposição fotográfica 8 de janeiro: restauração e democracia. A mostra é composta por registros feitos durante o processo de restauração de obras de arte vandalizadas nos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, nas sedes dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). O projeto, que ainda está em andamento, é executado pela comunidade acadêmica do curso de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), por meio do Laboratório de Conservação e Restauração de Pinturas (Lacorpi).

O curador, professor Lauer Santos, da UFPel, explica que a exposição leva ao público fotos de três fontes, algumas feitas sob a responsabilidade da professora Karen Velleda Caldas, coordenadora-adjunta do projeto, do fotógrafo Nauro Júnior, de Pelotas, e de Mariana Alves, da assessoria de comunicação do Iphan. 

Estas fotos mostram o trabalho nas obras, algumas com mais detalhes e outras de forma mais sintética. “Escolhi mostrar um pouco os danos e os processos variados de restauro”, explica o curador. 

Desde 2 de janeiro, a equipe do Lacorpi se dedica ao restauro de 20 obras de arte tombadas do Palácio do Planalto, sob a coordenação das professoras Andréa Bachettini e Karen Caldas. Até agora 15 foram finalizadas.

A exposição destaca três obras, como o quadro As mulatas, de Di Cavalcanti, que levou sete punhaladas, uma ilha cerâmica italiana, e as esculturas Galhos e sombras, de Frans Krajcberg, O flautista, de Bruno Jorge, de quase 1,80m, que sofreu quatro fragmentos, e a Vênus apocalíptica, Marta Minujín, lançada do segundo andar e encontrada no jardim do Palácio do Planalto, as duas últimas em metal.

Patrimônio e democracia

Além da  exposição, ocorre de hoje até quinta-feira o seminário 8 de janeiro: diálogos sobre conservação-restauração, patrimônio e democracia, no auditório do Instituto. A exposição poderá ser visitada até 25 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h na sala expositiva do Iphan, em Brasília. A entrada é gratuita. 

 

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