Desalojados reclamam que não foram contemplados pelo Volta por Cima
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira28 de Novembro de 2024

Auxílio

Desalojados reclamam que não foram contemplados pelo Volta por Cima

Moradores que saíram de áreas de riscos e sofreram perdas no processo de evacuação solicitaram o benefício de R$ 2,5 mil

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Desalojados reclamam que não foram contemplados pelo Volta por Cima
Reclamações foram feitas no mutirão de atendimentos da prefeitura (Foto: Victoria Fonseca)

O mutirão de atendimentos para a revisão cadastral de moradores de áreas atingidas pela enchente que não foram contemplados com o Auxílio Reconstrução também virou palco de reclamações na ouvidoria da prefeitura sobre o benefício estadual Volta por Cima. De acordo com relatos, ao saírem de casa, os desalojados tiveram prejuízos com perda de bens e por isso solicitaram a ajuda de R$ 2,5 mil. No entanto, as solicitações teriam sido indeferidas sem nenhuma justificativa

Conforme o grupo de sete mulheres, moradoras do entorno do canal São Gonçalo, todas elas tiveram que sair às pressas de casa sob orientação do Exército quando o nível da água começou a aumentar. Diante da pressa para evacuar as áreas, muitos bens teriam sido quebrados ou perdidos durante o transporte. Com os prejuízos e aparentemente enquadradas nos requisitos para acessar o Volta por Cima: famílias desalojadas e enquadradas como em condição de pobreza, elas foram cadastradas no auxílio estadual pelos Centros de Referência da Assistência Social. 

“Todo mundo ali teve que sair de casa. A gente teve perdas em função dos deslocamentos porque foi tudo às pressas enquanto o Exército dizia que tinha que sair, nisso quebraram meus armários, meu balcão. Não foi na enchente, mas foi no desespero da gente ter que sair de casa”, diz a moradora da Estrada do Engenho, Kelly Cristiane da Silva. 

De acordo com a assistente social do município, Raquel Nebel, cerca de 50 pessoas questionam os motivos para não terem sido contempladas pelo benefício. “Aparece ‘declarou não sair de casa’ e nenhuma técnica do CRAS iria cadastrar pessoas que não saíram de casa”, diz sobre a justificativa que aparece no sistema do Estado. Para a servidora, falta suporte inclusive para o município compreender o que precisa ser feito para orientar essas pessoas. 

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