“O curta-metragem traz uma outra cara do RS”
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira12 de Dezembro de 2024

Abre aspas

“O curta-metragem traz uma outra cara do RS”

Rubens Anzolin fala sobre a carreira na área cinematográfica

Por

“O curta-metragem traz uma outra cara do RS”
Anzolin é um dos coordenadores do “Levante - Festival de Curta-Metragens de Pelotas. (Foto: Leo Lara)

Natural de Santa Maria e formado em cinema e audiovisual pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Rubens Anzolin, 25 anos, sempre quis seguir carreira na área cinematográfica. Atualmente, ele faz curadoria e programação de festivais de cinema, como a Mostra de Cinema de Ouro Preto, o Cine BH e a Mostra de Cinema de Tiradentes. Também faz parte da Associação de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS). Além disso, Anzolin é um dos coordenadores do “Levante – Festival de Curta-Metragens de Pelotas”, que vai acontecer entre 19 e 24 de agosto, no Cine UFPel.

Por que tu decidiu seguir essa carreira?

Nunca tive contato com equipamento de cinema antes de entrar na faculdade. Era caro comprar uma câmera e não era um investimento que eu tinha condições de fazer. E como eu sou filho de professora de literatura, sempre li muito. Acabei pegando o gosto por leitura e isso me fez querer escrever. Comecei essa carreira de curadoria e programação por conta do Zero4 Cineclube, um projeto de extensão da UFPel. Sempre me interessei pelas palavras, filmes, conversar com as pessoas, descobrir coisas. Foi mais o “trampo” que me escolheu, do que eu escolhi o “trampo”.

Como surgiu a ideia de fazer o Levante de Curta-metragens de Pelotas?

O Levante surgiu na pandemia, em 2020. Eu tenho um sócio, amigo da faculdade, que é o João Fernando Chagas. Em algum momento da pandemia, em meio a transformações que iam acontecendo nas nossas carreiras profissionais, vimos na abertura do primeiro edital da Lei Aldir Blanc a possibilidade de fazer um festival online de cinema, para dar visibilidade à produção de curta-metragens. Esse é um formato desvalorizado muitas vezes, porque não tem uma plataforma de distribuição fixa. Você faz um curta, roda ele pelos festivais, mas dificilmente os filmes vão parar numa televisão, grade, ou internet.

Qual a importância de promover festivais como esse na cidade?

O formato de curta-metragens é muito fácil de você perder no circuito de exibição. Existem várias, existiram e continuam existindo algumas iniciativas, como o Festival Manuel Padeiro, que começou, mas acabou, a Mostra de Cinema Negro de Pelotas. E a gente queria meio que somar nesse contexto e fazer um festival que tivesse uma curadoria para curta-metragens que são mais afeitos a um processo de formação de ideia de cinema, mas que têm características estéticas, poéticas, interessantes aos nossos olhos.

Quais são as expectativas para o evento?

Espero que a galera compareça, que as pessoas se identifiquem na tela de alguma forma. E que a gente possa formar uma rede de cinema, debate e discussão. Tem duas sessões gratuitas de cinema por dia, tanto com animação quanto com audiovisual, e tem workshops, oficinas e debates voltados para animação, audiovisual, mercado, editais e leis de incentivo.

Acompanhe
nossas
redes sociais