Redução da criminalidade marca os sete anos do Pacto pela Paz

Segurança pública

Redução da criminalidade marca os sete anos do Pacto pela Paz

Política pública foi criada em 2017, quando Pelotas chegou a 34 mortes por cem mil habitantes

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Atualizado quarta-feira,
14 de Agosto de 2024 às 16:03

Redução da criminalidade marca os sete anos do Pacto pela Paz
Bairro Dunas foi um dos locais mais impactos pela política pública. (Foto: Jô Folha)

O Pacto Pelotas Pela Paz completa sete anos de integração com resultados na segurança pública e a percepção da comunidade que vivenciou a criminalidade de perto tem grande impacto.

Pestano, Getúlio Vargas, Dunas e Navegantes são locais que já concentraram mortes e tiroteios. Hoje, há convivência harmônica, desde que algumas regras sejam seguidas.

Uma moradora da avenida Ulysses Guimarães, que não quis se identificar, está há 34 anos no local e relembra os períodos de violência. “Nós víamos tiroteio toda hora. Agora não. Nem roubo tem mais. Mas isso acontece pois o pessoal aqui (do tráfico) que mantém tudo tranquilo”, apontou. A moradora diz que pouco vê a viatura. “Elas aparecem quando tem algum acidente. Eu acho que eles (BM) tinham que circular mais”.

A microempreendedora Danusia Souza Garcia, 49, está há 12 anos com um estabelecimento no ramo de alimentos no local e percebe a diferença. “Antes era horrível. Bastante violento. Antes, por exemplo, nós chamávamos o Uber e ele não vinha. Agora vem”.

Para a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB), o Pacto Pelotas pela Paz trouxe ao município a integração e a concentração dos esforços de todos os agentes envolvidos na segurança da cidade.

“Com ações integradas, embasamento científico e foco na prevenção, trazemos uma perspectiva de futuro melhor, pois uma cidade em paz se desenvolve ainda mais e fortalece a educação, a geração de emprego, a saúde e tantas outras coisas. Assim, estamos semeando a cultura da paz, para que sigamos transformando e preservando vidas”, afirma.

Ampliação e conhecimento de causa

Entre as reduções na criminalidade, o comandante do 4º BPM, o tenente-coronel Paulo Renato Scherdien, destaca as mortes violentas, roubo a pessoas, roubo a comércio, roubo a transporte público e roubo a residências.

“Todas as regiões da cidade tiveram redução nos indicadores. Tanto no Centro como nos bairros é percebida essa melhora e a tranquilidade das pessoas. Bairros como o Dunas e o Fragata são exemplos de locais em que atualmente os indicadores estão muito reduzidos”.

O olhar dos bairros

Um dos líderes comunitários do loteamento Getúlio Vargas, Edison Rodrigues, avalia o Pacto como positivo, mas acrescenta que nunca teve esse olhar de vulnerabilidade para seu bairro. “Há 14 anos sim era bastante violento, pois havia brigas entre gangues do Getúlio e do Pestano. Mas a partir de projetos sociais de bairros como o Renovação, com a dança, o Anjos e Querubins, com a música, e o Jovem Atleta, com o esporte, eles passaram a ter atividades juntos. Essa convivência levou ao caminho da paz. Acho que o Pacto ajudou bastante, mas o governo poderia ter investido nos projetos já existentes, feitos por gente daqui e que conhece a comunidade. Nunca senti insegurança, o nosso bairro foi rotulado errado, ficou com uma imagem ruim. Falta oportunidade”, concluiu.

Mesmo assim, o líder tem a sensação de uma melhor convivência, o que para ele é um salto positivo por amar a comunidade em que vive.

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