Polícia Federal realiza operação que investiga “rachadinha” em Bagé
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira19 de Setembro de 2024

Caixa 2

Polícia Federal realiza operação que investiga “rachadinha” em Bagé

Coactum III expediu 34 mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal em Bagé, Porto Alegre e Florianópolis

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Polícia Federal realiza operação que investiga “rachadinha” em Bagé
Operação realizada na manhã desta terça-feira (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão em investigação que apura a possível prática de “rachadinha” na administração pública de Bagé, em somas desviadas que podem chegar a R$ 10 milhões para Caixa 2.

Nas imagens divulgadas pela PF é possível visualizar notebooks e documentos sendo analisados pelos agentes, e armas e munição possivelmente apreendidas em uma das residências investigadas.

A ação é um desdobramento da Operação Coactum II, deflagrada em maio de 2024, em decisão expedida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS).

A Coactum II apreendeu mídias, dinheiro em espécie e recolhidas possíveis provas sobre os delitos investigados. Dois servidores foram presos em flagrante por peculato, na posse de valores recolhidos de funcionários municipais.

Na Operação deflagrada nesta terça-feira (13), chamada de Coactum III, os alvos são agentes políticos e funcionários públicos municipais suspeitos de recolher e operacionalizar a ocultação e dissimulação de valores desviados.

Apuração

A Operação apura os “crimes de inserção de declaração falsa em prestação de contas eleitorais, conhecido como “Caixa Dois Eleitoral”, organização criminosa, peculato e lavagem de capitais, além de outros possíveis crimes contra a Administração Pública”, segundo a PF. Ao todo, 72 policiais federais executam 34 mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal em Bagé, Porto Alegre e Florianópolis.

Segundo apurado pela PF, os servidores públicos comissionados do município de Bagé são obrigados a pagar parte de seus salários para a organização criminosa desde 2017, pelo menos. Os valores foram direcionados em ações com fins eleitorais sem a devida declaração à Justiça Eleitoral.

A prática popularmente conhecida como “rachadinha” teria possibilitado o desvio de mais de R$ 10 milhões.

Coactum

A operação chama-se“Coactum” em referência ao caráter compulsório das contribuições a que os servidores são obrigados a entregar parcelas de suas remunerações, sob pena de exoneração dos cargos.

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