Aviões lotados e 3,5 mil pessoas que chegam ou saem do terminal do Aeroporto Internacional João Simões Lopes Neto toda semana. O cenário é excelente em comparação com um passado bem recente, em que o terminal vivia às moscas. Por ali, empresários, turistas e visitantes ainda usam Pelotas como um caminho para chegar a Porto Alegre devido ao fechamento do Salgado Filho pós-enchentes. No entanto, o momento é de reforçar a importância da cidade como polo logístico, de inovação e de turismo no Rio Grande do Sul.
A vitória de ter atraído o olhar das empresas de aviação para cá é um bom sinal, mas que precisa ser reforçado constantemente. A Zona Sul acaba localizada em uma posição estratégica entre Porto Alegre, Uruguai e Argentina, com potencial especial em agronegócio, ciência e tecnologia. Estar a um voo diário do centro do país, especialmente São Paulo, nos coloca em um patamar competitivo para a atração de investimento, emprego e renda, bem como para o networking com os principais players econômicos do Brasil.
Vai ser natural que, com a volta do Salgado Filho, o Simões Lopes perca um pouco da quantidade de voos. Mas, como reforçam as lideranças locais na matéria das páginas 6 e 7 da edição deste final de semana, a permanência, ao menos parcial, significaria dar continuidade ao processo de impulsionamento da região. Para isso, o lobby vai ser fundamental e os políticos da região precisam fazer esse reforço.
Material para isso temos. É importante reforçar nacionalmente a quantidade de cérebros que a Zona Sul tem, com três universidades de grande porte, com dois Parques Tecnológicos e centenas de grupos de pesquisa, laboratórios e tantas coisas mais. Temos, também, preparo para tornar o turismo regional um grande impulsionador. No fim, o desenvolvimento regional é uma união de fatores que precisam andar em sintonia para que a Zona Sul atinja, enfim, seu potencial.