Rafael Forster relembra acesso xavante contra o Brasiliense
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Segunda-Feira16 de Setembro de 2024

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Rafael Forster relembra acesso xavante contra o Brasiliense

Lateral deu assistência no jogo de ida e converteu pênalti que colocou o Brasil na Série C de 2015

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Atualizado quinta-feira,
08 de Agosto de 2024 às 10:25

Rafael Forster relembra acesso xavante contra o Brasiliense
Hoje no São Bernardo, jogador atuou por três temporadas no Rubro-Negro (Foto: GEB)

Brasil x Brasiliense é um confronto com história feliz para o torcedor rubro-negro. Em 2014, as duas equipes decidiram uma vaga na Série C do Campeonato Brasileiro. Na época o duelo aconteceu nas quartas de final. Assim como neste ano, o jogo de ida também foi no Bento Freitas e a volta na Boca do Jacaré.

A reportagem do A Hora do Sul conversou com o lateral-esquerdo Rafael Forster, ex-jogador do Xavante e protagonista no acesso. Hoje com 34 anos, Forster está atuando pelo São Bernardo, onde disputa a Série C. O jogador chegou ao Brasil em 2013 e saiu apenas em 2015 para jogar no Goiás. Depois atuou no futebol europeu pelo Zorya da Ucrânia e Ludogorets Razgrad da Bulgária. Ainda passou por Botafogo, Juventude, Santo André, CSA e Avaí antes de chegar na equipe do ABC paulista.

Em 2014, Forster era titular absoluto da lateral-esquerda da equipe de Rogério Zimmermann. Ele lembra que no jogo de ida, com o Bento Freitas lotado, o Xavante começou o jogo encontrando dificuldades e logo saiu perdendo com gol de Rodrigo Andrade. O Brasiliense na época tinha um time com investimento muito superior e contava com nomes experientes no elenco como o zagueiro Fábio Braz, o volante Baiano e o centroavante Luiz Carlos.

Zimmermann fez duas trocas no intervalo, o Brasil cresceu no jogo e conseguiu a virada com assistência de Forster. “Jogo muito difícil, muito complicado, o Brasiliense era uma equipe muito forte. Eles tinham vários jogadores mais experientes, de nome, então foi complicado. A gente voltou do intervalo com uma postura bem agressiva, marcando em cima”, lembra.

No primeiro gol, Chicão cobrou falta na área e Cirilo desviou para as redes. A virada veio com cruzamento de perna direita de Forster na medida para Fernando Cardozo mandar de cabeça para o gol.

“Naquela época a gente estava acostumado a disputar muito, a se entregar. Conseguimos levar uma vantagem que ajudou muito no jogo de volta”, disse o ex-lateral rubro-negro.

Mudança de patamar

Forster estará sempre na história do Brasil por ter cobrado o pênalti que colocou o clube na Série C, mudando o patamar do clube, que um ano antes disputava a Divisão de Acesso e a Copa Sul-Fronteira.

Porém, antes de chegar no momento da cobrança, o Xavante sofreu durante os 90 minutos. O Brasiliense abriu 2 a 0 ainda no primeiro tempo, mas Nena descontou, igualando o placar agregado. Na etapa final, o time casa pressionou, mas Eduardo Martini brilhou com várias defesas, mantendo o 2 a 1 até o final.

Nas primeiras quatro séries, cada equipe acertou três cobranças. Alex Amado, Chicão e Márcio Jonatan converteram para o Brasil, enquanto Nena parou em Edson. Martini defendeu chute de Braz. Na última série, o goleiro brilhou defendendo cobrança de Baiano. Coube a Rafael Forster a missão de acertar a última batida e colocar o Xavante na Série C.

“Não tem como ser diferente, bate o nervosismo, ansiedade. […] Naquele momento, por mais que a gente estivesse a um pênalti de subir, também tinha uma responsabilidade muito grande em converter. Ficamos muito feliz pela defesa do Martini. Depois procurei fazer o meu melhor. O caminho até a marca do pênalti foi bem tenso, mas ali eu fui pedindo a Deus para me abençoar e que se fosse da vontade dele eu iria bater o pênalti e o Brasil iria subir. Não foi diferente, foi um momento de muita felicidade por tudo que a gente passou”, disse Forster.

Apoio da torcida

Em 2024 o Brasil era uma das equipes de menor investimento do grupo A8 e mesmo assim passou em segundo. Nas oitavas superou o Água Santa, outro adversário que tem um poder financeiro superior. Agora, novamente contra o Brasiliense, o cenário se repetirá.

Forster viveu realidade parecida em sua passagem pelo Brasil. Foram vários mata-matas contra equipes mais poderosas do futebol brasileiro e mesmo assim o Xavante conseguiu sair da Divisão de Acesso e chegar à Série B em três anos.

“Por mais que as equipes que enfrentam o Brasil tenham um investimento maior, o Brasil sempre teve essa característica de ser um clube aguerrido, de ser um clube que os jogadores realmente vestem a camisa e se entregam. Acredito que neste ano, mesmo que eu não esteja no Brasil e acompanhando, a gente consegue sentir que se mantiverem essa garra e determinação tem grandes chances de subir”, destacou.

Escalações do Brasil contra o Brasiliense

Brasil 2 x 1 Brasiliense (ida)
Eduardo Martini; Raulen (Chicão), Cirilo, Fernando Cardozo e Rafael Forster; Nunes, Washington, Márcio Hahn (Ricardo Schneider), Zotti (Felipe Garcia); Alex Amado e Nena.

Brasiliense 2 (3) x (4) 1 Brasil (volta)
Eduardo Martini; Wender (Ricardo Schneider), Cirilo, Fernando Cardozo e Rafael Forster; Leandro Leite, Washington, Márcio Hahn (Chicão), Felipe Garcia (Márcio Jonatan); Alex Amado e Nena.

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