Chuva volta a amplificar problemas de infraestrutura em Pelotas
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Danos

Chuva volta a amplificar problemas de infraestrutura em Pelotas

Em primeira precipitação mais intensa após a enchente de maio, alagamentos e rompimento em ponte da Z3 foram novamente registrados

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Atualizado quarta-feira,
07 de Agosto de 2024 às 19:24

Chuva volta a amplificar problemas de infraestrutura em Pelotas
Sistema pluvial que passava pela ponte foi rompido causando interrompimento temporário da travessia (Foto: Jô Folha)

De acordo com a Defesa Civil de Pelotas, entre a noite de terça-feira (6) e a manhã desta quarta-feira (7) choveu em torno de 69 milímetros no município. O acumulado foi o suficiente para causar novos alagamentos em vias do Laranjal, assim como dos bairros Fragata e Areal, além de avenidas como a São Francisco de Paula. Na Colônia Z3, o volume de água atingiu a ponte do Totó, causando o rompimento do sistema pluvial que ficava embaixo da estrutura. 

Com a chuva intensa, não faltaram vídeos e imagens de moradores de vários bairros que compartilhavam as ruas intransitáveis pelas cheias. Conforme a Defesa Civil, além dos alagamentos das vias, também foram registrados casos em que lâminas de água entraram nas residências. No entanto, não houve danos às edificações nem aos móveis e não foi necessário realocar nenhuma família.

“Diversos telefonemas foram recebidos na sala de operações do Corpo de Bombeiros, com seis ocorrências registradas. Os demais receberão orientações dos plantonistas”, diz a nota da 4ª Coordenadoria Regional de Proteção e Defesa Civil. 

Após ter ficado mais de um mês isolada com a enchente de maio, a Colônia Z-3 teve novamente uma de suas pontes de acesso impactadas pela água. A primeira travessia, conhecida como ponte do Totó, foi uma das estruturas alternativas construídas após a cheia, no entanto, a chuva resultou no rompimento do sistema pluvial que ficava no local.

Os enormes canos de concreto espalhados embaixo da ponte e o grande fluxo de água que escoa pela principal estrada da Z3 com força para a Lagoa dos Patos chama a atenção. 

Ponte de acesso a Z-3 é uma estrutura provisória instalada após a enchente de maio (Foto: Jô Folha)

Incerteza no acesso a Z-3

Diante do cenário, carros, motos e caminhões atravessavam a ponte com cautela. A incerteza era quanto a segurança da estrutura em meio a morros de areia e vários cavaletes de sinalização da Secretaria de Transporte e Trânsito (STT). Uma das pessoas que passava pela segunda vez no dia, o morador da Colônia, Josemar Souza conta o cenário que encontrou ao sair para o trabalho na manhã desta quarta-feira (7). “Eu passei e o ônibus estava parado ali, já estava tudo caído e a ponte interditada”. 

Mesmo trafegando em um veículo leve, ele declara que atravessa com todo o cuidado possível, pois teme o estado de sustentação da ponte. “Eu acho que está muito perigosa, parece que está por cair.

Eles só aterraram para a gente passar, eu acho perigoso os ônibus passarem”. Para o morador, o maior desafio de residir na Z-3 é a incerteza quanto às duas pontes que têm na principal estrada de acesso à localidade. “Toda hora problemas com pontes e a estrada terrível, do camping para lá parece que vai desmanchar o carro. Todo dia isso é uma luta para sair para trabalhar. Já estão falando que o Exército vai tirar aquela outra ponte”, diz sobre a estrutura que foi instalada pela força militar. 

Reparos em danos da chuva

De acordo com a prefeitura de Pelotas, desde a identificação das ocorrências, equipes do município trabalharam na recuperação e no reparo dos danos causados pela chuva. Sobre a ponte a da Z-3, de acordo com nota do executivo, uma equipe técnica de engenheiros teria vistoriado o local e identificado que não foram causados danos à ponte, mantendo o acesso liberado para trânsito de veículos leves. 

Ainda assim, a fim de evitar possíveis riscos à comunidade, efetivos da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) teriam realizado o serviço de reforço nas cabeceiras da ponte. O trecho foi novamente avaliado e liberado para o trânsito de veículos pesados. 

 

 

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