Vereador questiona transparência em gestão da Amparho
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quarta-Feira30 de Outubro de 2024

Polêmica

Vereador questiona transparência em gestão da Amparho

Críticas de Cauê Fuhro Souto (PV) gerou atritos com presidente da entidade, Eliane Bitencourt, pré-candidata à Câmara pelo PSD

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Vereador questiona transparência em gestão da Amparho
Presidente da entidade nega qualquer irregularidade (Foto: Divulgação)

O vereador Cauê Fuhro Souto (PV) entrou em um embate com Eliane Bitencourt, presidente da Associação de Amigos, Mães e Pais de Autistas e Relacionados com Enfoque Holístico (Amparho), nas redes sociais na segunda-feira (22). O vereador compartilhou uma mensagem que teria sido enviada por Eliane a um grupo da associação em que ela critica questionamentos sobre o funcionamento da entidade feitos por Cauê Fuhro Souto através de pedidos de informação.

Na sessão do último dia 9, o vereador apresentou uma série de pedidos de informação sobre a Amparho, questionando sobre contratos, transparência, recursos, o uso do terreno que foi doado pelo município à associação, além de informações sobre a presidente da Amparho e a relação dela com o governo municipal.

“Questionamentos que só poderiam vir de quem não conhece nada a respeito da nossa causa, da nossa luta, alguém que infelizmente ocupa um cargo no Legislativo e que ao invés de ajudar, atrapalha”, diz a mensagem. Junto do texto, está um convite para uma reunião na próxima quinta-feira para discutir as perguntas feitas pelo vereador e para pedir tempo para a Amparho se pronunciar em uma sessão da câmara.

Além de presidente da Amparho, Eliane é pré-candidata a vereadora pelo PSD e ocupou cargo de confiança no governo municipal. Ela foi coordenadora do Centro da Mulher entre maio do ano passado e junho deste ano, quando deixou o cargo para ser candidata a vereadora.

Em uma sequência de vídeos publicados no Instagram, Fuhro Souto classifica a postura de Eliane como um ataque político. Ele afirma que recebeu denúncias de mães atendidas pela Amparho. “Nós recebemos denúncia que essa cidadã seria cargo de confiança e estaria como presidente da associação, e isso não pode acontecer. Então, para o bem da associação, fizemos perguntas, pedidos de informação, e quem trabalha com transparência não precisa ter medo”, diz Fuhro Souto em vídeo, em que também afirma ter recebido denúncias de que ela receberia doações destinadas à Amparho em sua conta pessoal. O vereador afirma ainda que, caso ela seja candidata a vereadora, entrará na Justiça Eleitoral contra a candidatura.

Eliane rebate acusações

Eliane admite que por um período recebeu doações à associação em sua conta pessoal por dificuldades de se criar uma conta no CNPJ da própria Amparho. “Meu único erro nisso tudo é ter feito no meu nome para que as pessoas pudessem comprar os produtos da Amparho. Eu recebi a Amparho sem nada, hoje é mobiliada e tem tudo”, explica.

Sobre o cargo no governo, Eliane afirma que não há nenhum impedimento para ocupar cargo público e fazer voluntariado. “Fui CC sim, fui desvinculada agora porque sou candidata, fui coordenadora do Centro da Mulher à convite da prefeita Paula [Masarenhas, PSDB], porque uma das pautas que tenho é o combate à violência contra a mulher. Fui CC e não tem nada de ilegal nisso”, diz.

Com relação ao terreno doado pelo município, a presidente da Amparho explica que está em processo para escriturar o terreno e que a lei prevê um prazo de 12 anos para a Amparho construir sua sede. “Já temos o projeto feito pela Faculdade de Arquitetura da UFPel, temos promessa de ajuda da igreja dos mórmons, temos termo de intenções da UFPel para estagiários atuarem na sede. A gente só está precisando construir a sede, mas temos 12 anos para isso”, justifica Eliane.

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