“Precisamos entender a importância da Fenadoce para a economia”
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“Precisamos entender a importância da Fenadoce para a economia”

Membro do CDL Pelotas, Daniel Centeno fala sobre relação entre o empresariado e o evento que começa na quarta

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Atualizado terça-feira,
16 de Julho de 2024 às 08:07

“Precisamos entender a importância da Fenadoce para a economia”
Centeno cita importância da conscientização a respeito do impacto econômico (Foto: João Pedro Goulart)

Como você avalia que o empresário enxerga a Fenadoce hoje em Pelotas?
Eu acredito que uma boa parte do empresariado enxerga a Fenadoce como uma oportunidade de crescimento. Como uma valorização da economia, como uma movimentação da nossa economia regional. Mas sei também sou ciente que existe uma parte do empresariado que não entende dessa maneira. É o que a gente está trabalhando. Na verdade, a gente tem que se preocupar com as pessoas que entendem que a Fenadoce é um ponto que traz pessoas de fora para consumir em Pelotas, para movimentar nossa economia, para trazer dinheiro. A Fenadoce se movimenta com toda a economia, desde táxi, Uber, hotel, restaurante, todo mundo se movimenta quando é a Fenadoce.

E por que alguns não veem esses benefícios?
A gente é questionado bastante sobre isso. Porque o cara que entende vai entender que existe uma movimentação da economia que aumenta o número de pessoas circulando na cidade. Os museus nunca são tão frequentados o ano inteiro quanto no período da Fenadoce. Os hotéis estão lotados, os restaurantes estão cheios. Tu vai numa pizzaria, está lotado. Tu vai no shopping da cidade, está lotado. Tem gente por todo o lado dentro de Pelotas. O empresário tem que preparar o seu negócio para receber esse aumento de pessoas. Então, eu acredito que tem que ter uma conscientização, que nesse momento a Fenadoce recebe muita gente de fora. Nós todos temos que estar prontos para receber essas pessoas.

Vocês decidiram, enfim, fazer a feira neste ano mesmo com todos os problemas. Como foi essa decisão?
Na verdade, a Fenadoce, além de fazer toda a movimentação para o lado empresarial, tem mil e quinhentas pessoas que emprega diretamente. E a gente estima que mais duas mil pessoas de serviços indiretos. E eu não estou nem falando ainda dos feirantes. Estamos falando só das pessoas que vão trabalhar para a feira ou em prol da feira. Por exemplo, se eu tenho um restaurante, eu tenho que contratar mais garçons. E assim vai indo. O pessoal que é de longe vem a Pelotas, vai no Cassino, vai a Jaguarão, vai a São Lourenço, gira toda essa volta aqui. Nós comerciantes, nós empresários, como comunidade, precisamos entender que a Fenadoce é importantíssima para a economia de pelotas.

Em relação à 30ª edição, especificamente, você tem alguma expectativa de ter menos comerciantes por conta desse adiamento?
Não. Na verdade, faltou espaço. Havia mais gente querendo vir do que a gente tinha condições de atender. Na praça de alimentação, por exemplo, se tivesse reaberto uns dez, 15 lugares a mais, nós teríamos pessoas para ir. Porque tem muita gente que já viu que o movimento da praça de alimentação é gigante e quer estar lá dentro. Só que a gente já abre as inscrições lá em fevereiro e falta lugar. A gente tem uma delimitação de espaço físico. Na parte dos expositores no geral, a gente teve uma desistência de seis pessoas que, pelo infortúnio das enchentes, não conseguiram vir. Ou porque foi atingido, ou porque o fornecedor dele foi atingido. Eles não quiseram o dinheiro de volta pelo espaço, e sim já ficar com o espaço reservado para o outro ano. Então, desses seis expositores que não puderam vir, eles já estão com o espaço garantido para o ano que vem.

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