Lei declara o Mercado das Pulgas patrimônio de Pelotas
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira19 de Setembro de 2024

Opinião

Lei declara o Mercado das Pulgas patrimônio de Pelotas

Evento um dos principais atrativos culturais no centro de Pelotas aos finais de semana

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Lei declara o Mercado das Pulgas patrimônio de Pelotas
Evento já é tradicional aos finais de semana e atrai famílias e turistas ao centro de Pelotas. (Foto: Jô Folha)

Os vereadores aprovaram, nesta quinta-feira (11), a lei que declara o Mercado das Pulgas integrante do Patrimônio Histórico e Cultural Imaterial de Pelotas. O projeto é do vereador Paulo Coitinho (Cidadania). Na justificativa, Coitinho destaca que o evento acontece semanalmente aos sábados há dez anos no Mercado Central com brechós e sebos de livros e discos (LPs e CDs), além de outros objetos antigos.

“Estes itens foram pertencentes a um indivíduo ou um coletivo, que por muitos anos carregaram memórias afetivas e na feira ganharão novas moradas e histórias pelos seus compradores”, diz o projeto.

O Mercado das Pulgas é um dos principais atrativos culturais no centro de Pelotas aos finais de semana. Junto com as feiras de artesanato na praça Coronel Pedro Osório, movimenta os sábados da cidade com turistas e pelotenses em busca de antiguidades e curiosidades do passado. Agora, a lei vai à sanção da prefeita Paula Mascarenhas (PSDB).

Fortes debates sobre o Parque do Albardão

Os prefeitos da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) decidiram formar um posicionamento contrário à criação do Parque Nacional do Albardão, em Santa Vitória do Palmar. A alegação é de que a criação da reserva traria prejuízos para a economia da região, impactando a pesca e o desenvolvimento de energia eólica off-shore.

O prefeito de Santa Vitória do Palmar, Wellington Bacelo (MDB), alega que o projeto prejudica o desenvolvimento econômico e social do município e que os danos vão além da pesca e do turismo.

O ecólogo e professor Marcelo Dutra da Silva lamenta o posicionamento das autoridades. “Na visão da ciência e do movimento ambientalista, não há o que se discutir quanto à importância da criação do Parque Nacional Marinho do Albardão para a manutenção e conservação de sua biodiversidade em razão das suas características típicas e específicas”, considera.

“A nossa falta de olhar para o desenvolvimento como algo que não é só economia, mas também bem estar social e preservação do meio ambiente, tem nos levado às situações que estamos experimentando já há algum tempo, mas com muita força hoje em dia. Estamos diante de mudanças climáticas severas, de perdas e prejuízos significativos porque deixamos de olhar para a importância dos limites da natureza. Está faltando por parte daqueles que se posicionam contrários um pouco de visão sustentável”, avalia o professor.

As Dunas do Albardão são reconhecidas desde 2008 como um geossítio e como um dos 23 locais com maior prioridade de conservação da biodiversidade e de ecossistemas costeiros do país. No local há mais de 20 espécies ameaçadas, como a toninha e o boto-de-Lahille, a espécie de golfinho mais ameaçada do hemisfério sul.

Recesso parlamentar

A Câmara de Pelotas entra, a partir da próxima segunda (15), no período de recesso parlamentar. Pelas próximas duas semanas, o Legislativo manterá as atividades nas sessões representativas, marcadas para as terças-feiras pela manhã.

Dificuldades no contato com 190

A vereadora Fernanda Miranda (PSOL) reclamou da dificuldade que pessoas vêm enfrentando para entrar em contato com a Brigada Militar pelo número de emergência, 190. “Ontem (quarta) tivemos a situação de violência contra uma mulher e seus filhos e ninguém conseguia ligação com o 190 porque simplesmente chama, chama e ninguém atende, não completa a ligação”, relatou Fernanda. “Não é possível que o único canal que a população tem com a Brigada Militar seja o 190 e não esteja funcionando. Será que é para diminuir os índices de criminalidade?”, questionou.

Procurada via comunicação social, a Brigada Militar respondeu que o 190 está indisponível temporariamente e que, em casos de emergência, o contato deve ser feito pelo telefone (53) 98416-5023.

Limpeza urbana é alvo de críticas

O vereador Marcio Santos (PSDB) voltou a criticar a falta de limpeza de valetas. Ele citou a situação dos moradores do loteamento Salgado Filho, que estão solicitando a manutenção das ruas. “Os moradores continuam com aquela valeta a céu aberto no meio da rua, um fedor que não dá para aguentar”, disse.

Na sequência, Rafael Amaral (PP) reforçou as falas de Santos. “Que cidade é essa, que nós estamos em 2024 ainda pedindo o básico? Nós tínhamos que estar discutindo desenvolvimento econômico, geração de emprego, desenvolvimento na saúde, nas escolas, e ainda estamos discutindo limpeza de valeta. Mostra total falta de planejamento nos últimos anos”, criticou.

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