Venda de aquecedores dobra em Canguçu
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira19 de Setembro de 2024

Frio

Venda de aquecedores dobra em Canguçu

Temperaturas negativas aumentaram a procura pelo produto; em Pelotas, crescimento foi de 70%

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Venda de aquecedores dobra em Canguçu
Aquecedores puxam o crescimento nas vendas no comércio regional (Foto: Jô Folha)

A permanência de temperaturas baixas nos próximos dias e a temperatura negativa registrada nesta semana fez a busca por aquecedores, ares-condicionados e fogão à lenha dobrar em Canguçu. A alta na demanda, segundo lojistas, resultou na falta dos produtos nas prateleiras.

No Município, cuja mínima registrada chegou a -0,6ºC, segundo o CPPMet da UFPel, as vendas estão muito acima da expectativa, segundo o presidente da Associação do Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio de Canguçu (Acican), e gerente de loja, Daniel Holz Prestes.

Os fogões à lenha, além de serem uma ferramenta de preparo do alimento, também esquentam o ambiente, e estão na lista dos preferidos pelos clientes.

“Só esse artigo, que é mais durável, teve o acréscimo de 30% [nas vendas] em relação ao ano passado. A venda no município é [durante] todo o inverno, principalmente para os moradores do interior por causa do reflorestamento, onde a madeira é aproveitada”, observou. Já em relação aos aquecedores, o incremento foi de 100%.

Pelotas também registra crescimento
Sem levar em conta os dados das grandes redes de lojas nacionais (que não costumam repassar o volume de vendas para o mercado local), o Sindicato do Lojistas de Pelotas (Sindilojas) apontou um aumento de 7,2% no comércio dos eletrodomésticos relacionados ao frio (dados computados até sexta-feira).

Já as vendas em geral aumentaram em média 5,6% desde o início do frio e do mês de julho. Para o presidente do Sindilojas, Renzo Antonioli, é um desempenho muito bom das vendas em função do clima.

“Vínhamos de um maio com queda de até 70%, um mês de junho razoável, que não passou de 3,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Então o mês atual está ajudando até agora o comércio a recuperar-se um pouco das perdas de maio”, ressalta.

Vendas multiplataforma
A exemplo do verão, quando a corrida por eletroeletrônicos e ventiladores foi grande por causa das altas temperaturas, o mesmo é presenciado nesta época do ano. Em Pelotas, o aposentado José Nogueira, 76, se deu de presente de aniversário um aquecedor elétrico que ventila ar, o último modelo da loja a pronta entrega.

“Está muito frio e minha esposa está adoentada. Então decidimos por um aquecedor pequeno para usar na sala, mas que sirva também para o banheiro”, comenta. O aposentado, no entanto, preocupa-se com a conta de luz no final do mês, o que influenciou na escolha do produto. “Não podemos gastar muito”, lembrou ele ao se referir à prática da bandeira amarela na tarifa de energia elétrica deste mês.

Percepção de aumento
A atendente de loja Joelma Quevedo de Moura, 47, só tem a comemorar. Antes de iniciar a conversa com a reportagem, ela confirmou a venda de uma estufa por WhatsApp. A vendedora conta que a procura desde do início das baixas temperaturas teve um acréscimo de 70%, sendo que a preferência é por modelos mais em conta, como aquecedores elétricos e a óleo. As estufas, por exemplo, ficam entre R$ 145 a R$ 630 (preço à vista), dependendo do modelo e da potência.

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