A três meses do primeiro turno das eleições municipais, o cenário político em Pelotas continua com algumas indefinições. Até o momento, os partidos que fecharam uma candidatura própria foram o PSDB, PT, PDT e PL. Enquanto na esquerda a tendência é de união, PL e PP têm disputas internas. As decisões dos partidos serão sacramentadas no período das convenções partidárias, que começam em 20 de julho e vão até 5 de agosto.
No PSDB, o nome do Fernando Estima foi confirmado em junho. Estima ocupou cargos de chefia na Portos RS e foi secretário municipal nos governos de Eduardo Leite e Paula Mascarenhas.
Já no PT, o nome de Fernando Marroni está definido desde o final do ano passado. Marroni, que foi prefeito de 2001 e 2004, antes de o atual grupo chegar ao poder, foi deputado e recentemente estava na presidência da Trensurb.
No PDT, Reginaldo Bacci sustenta que será candidato, embora a sigla mantenha diálogo com os petistas.
A situação mais sensível fica com o PL. O empresário Marciano Perondi é o principal nome para a disputa, no entanto, a ex-deputada Adriane Rodrigues, anunciou sua pré-candidatura. Segundo o presidente do partido, Valnei Tavares, a direção nacional do PL interveio na comissão provisória no município para sustentar “apoio total” à pré-candidatura de Perondi, derrubando a pré-candidatura de Adriane.
Mulheres na chapa com Estima
No PP, o ex-prefeito e ex-deputado federal Adolfo Fetter Jr. lançou-se como pré-candidato. No entanto, no partido o indicativo é de apoio à chapa tucana, com dois nomes apontados à vice: Dulce Bonow, viúva do ex-vereador Jair Bonow, e Lilian Linhares, agente da Guarda Municipal que foi candidata a deputada estadual em 2022. A decisão será tomada nas convenções partidárias.
O União Brasil também busca a indicação da vice na chapa. Hoje, os nomes favoritos são os de Maíra Lessa, presidente do partido, e de Michele Alsina, ex-diretora do Sanep.
À esquerda, tendência de união em torno do PT
A presidente do PT, Ângela Vitória, diz que a sigla mantém conversas com outros partidos do campo de esquerda, como o PSOL, o PDT e o PSB. Embora o partido não confirme uma preferência para compor a chapa, a tendência é de que se indique o nome do PSOL, já que o pré-candidato do PDT sustenta que irá se manter na disputa.
Aliado ao PT, o PSOL irá lançar o nome de Daniela Brizolara como candidata a vice na chapa de Fernando Marroni. Em 2020, Daniela foi candidata a vice em chapa pura do PSOL, que teve Júlio Domingues como candidato a prefeito. No PDT, o presidente municipal do partido, Reginaldo Bacci, mantém a pré-candidatura, que depende de aprovação na convenção partidária.