São doces de Pelotas? Sim. Da Capital Nacional do Doce. Brasil afora e também no exterior, as iguarias que vêm da colonização Portuguesa com grande influência dos negros escravizados, agora é um reconhecimento de direito, porque sempre foi de fato. O título outorgado em maio deste ano pelo Ministério do Turismo vai garantir à cidade pleitear recursos para investir no setor e na divulgação do turismo local. A produção do doce é um chamariz de turistas. A titulação mais doce da terra, regada com muitos quindins, bem-casados, camafeus, ninhos e doces cristalizados, culmina com a chegada do jornal A Hora do Sul à região e com os 212 anos de Pelotas.
“O título é nosso. Ninguém mais vai poder dizer que é terra do doce”, disse o secretário de Desenvolvimento, Turismo e Inovação (Sdeti), Gilmar Bazanella. Ele lembra que o reconhecimento por lei permite acessar recursos estaduais e federais que venham a fortalecer essa atividade. A condição permite, ainda, um posicionamento de mercado, tanto interno – a partir da valorização do trabalho das doceiras e da sociedade se sentir pertencente a uma cidade reconhecida nacionalmente –, como o externo, com a participação em feiras de potenciais emissores de turistas para Pelotas.
Mesmo que o doce não seja a principal atividade econômica da cidade, fortalecida pelo comércio e agronegócio, o produto tem participação direta no turismo, sendo o elemento mais expressivo para trazer visitantes. “Não precisamos explicar nada. Quando se fala em Pelotas, logo se imagina o doce.” Para o secretário, esse reconhecimento,que vem desde a condição da Identificação Geográfica (IG), o tombamento estadual da Feira e o selo de qualidade, tem a participação de muitas pessoas e de entidades com expertise no setor.
A presidente da Associação das Doceiras de Pelotas, Simone Bica, comemora o reconhecimento que vai além de um título da cidade, na direção da valorização do trabalho das doceiras. “Reconhece a nossa história, nossa tradição e o trabalho dos empreendedores”, diz ela ao lembrar da visibilidade que a Capital Nacional do Doce irá garantir a Pelotas”.
Para a comissão organizadora da 30ª Fenadoce, Pelotas é vista como a cidade do doce há muito tempo. Essa oficialização é mais uma forma de potencializar o turismo e a tradição doceira da região. Com isso, a Fenadoce ganha mais força e visibilidade. O título de Capital Nacional do Doce e a feira são complementares para que toda a cidade possa prosperar. Um exemplo está nos números da última edição. Foram 314 mil visitantes e 1,8 milhão de doces vendidos. Números que devem ser superados na 30ª edição, com início no próximo dia 17 de julho, no Centro de Eventos Fenadoce.
FIQUE LIGADO
O quê: 30a Fenadoce de Pelotas
Quando: de 17 de julho a 4 de agosto, de segunda a sexta das 14h às 22h e sábados e domingos das 10h às 22h
Onde: Centro de Eventos, avenida Pinheiros Machado, 3390, bairro Fragata, Pelotas
Quanto: Ingressos de segunda a quarta a R$ 17, e de quinta a domingo a
R$ 19. O estacionamento custará R$ 15. Ingressos online podem ser adquiridos através do site https://minhaentrada.com.br/ evento/30o-fenadoce-23928