A pré-estreia do documentário “Mães Atípicas: Quem cuida de quem cuida?” ocorreu durante a noite de quarta-feira (18) na Câmara de Vereadores de Capão do Leão. A produção, financiada através da Lei Paulo Gustavo, acompanhou a vida de cinco mães leonenses que buscam todos os dias mais qualidade de vida, cuidado e dignidade.
O documentário busca voltar a atenção do público para um tema que atinge cerca de 18,6 milhões de pessoas no Brasil. Segundo dados do IBGE, 8,9% da população brasileira têm algum tipo de deficiência. Historicamente, a cidade de Capão do Leão possui um alto índice de crianças portadoras de necessidades especiais, chegando a 10% das crianças matriculadas no ano de 2024.
Entre pesquisa, gravações e edição, o projeto teve duração de 12 meses. A responsável pelo roteiro e direção foi a Suélen Cunha e a direção de fotografia e edição ficaram com Leandro Lopes. Suélen, que também é professora da rede municipal de ensino, conta que foi acompanhando as mães dos próprios alunos que surgiu a ideia do documentário. “Percebi a necessidade de dar voz à essas mães que ficam à sombra das necessidades dos filhos, esquecidas e invisíveis”, diz.
Para a funcionária pública, Edina Raquel Canals, fazer parte do documentário foi uma experiência de grande valia. “Tivemos a oportunidade de compartilhar nossa rotina entre trabalho e terapias”, relata. Edina é mãe da Laura, uma menina neurodiversa e acredita que muitas outras mães irão se identificar com o que verão na tela. “Existem milhares de mães atípicas fazendo o seu melhor para que seus filhos tenham qualidade de vida regada a muito amor. Quando aceitei participar foi com o intuito de que sejamos mulheres que apoiam outras mulheres”.