Encerrou às 19h deste sábado (14) o mutirão de cirurgias e exames realizado pelo Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Esta é a última etapa do projeto Ebserh em Ação, que começou em outubro e busca reduzir o tempo de espera pelos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Durante as 12 horas de atendimentos, das 7h às 19h, foram realizadas 24 ecografias mamárias, 50 tomografias, 40 mamografias, seis endoscopias digestivas, seis colonoscopias, duas histerectomias total, duas amputações cônicas de colo uterino, duas setorectomias, uma herniorrafia inguinal e uma retirada de cisto tireoglosso. Todos os pacientes foram encaminhados pelo Serviço de Regulação do Município. Os procedimentos ocorrem nos prédios do Hospital Escola, na Faculdade de Medicina e no Centro Cirúrgico e a previsão é de atender 134 pacientes.
O chefe da Unidade de Diagnóstico por Imagem e Diagnóstico Especializado, Willian Mello Borgonhi, explica que em comemoração ao aniversário da empresa, foi criada essa proposta para aumentar o número de atendimentos. “Este é considerado o Dia E (encerramento) do projeto. Temos feito ações, principalmente em feriados e fins de semana”, fala o chefe da Unidade.
De acordo com Borgonhi, existem exames que o usuário do SUS demora mais a alcançar, a exemplo da ultrassonografia. Isso acontece porque estes serviços demandam maior tempo do profissional que os executa.
Neste período, conta Borgonhi, foi percebido que realmente existem alguns serviços que são oferecidos em menor número de serviços à Secretaria de Saúde, porém em relação a outros, como a ultrassonografia, Borgonhi diz que os exames são realizados em tempo mais curto. “Também na tomografia temos uma agenda que consegue suprir muito da necessidade da Secretaria”, comenta.
Em função dessa agenda, que segundo o médico já tem uma programação com um quantitativo aumentando, para atender um número maior de solicitações, como foi proposto pela rede, foi necessária a utilização dos feriados e finais de semana. Em outubro ocorreram dois mutirões e em novembro três.
Segundo o médico esse mutirão aumenta em média 10% o fluxo normal de atendimentos. “Normalmente nós temos feito por mês mil tomografias por mês, 720 mamografias e 250 ultrassonografias que eles têm liberado para agendamento
Na fila de espera
Na fila de espera por uma mamografia há quase um ano, Zuleica Perez, 77, saiu satisfeita do posto de exames da Famed/UFPel. “Estou mais tranquila agora”, diz. A dona de casa trata um câncer de mama, detectado em 2019, e tem que fazer o acompanhamento, com exames de imagem. “Fiz radioterapia e quimioterapia. Estou sendo bem tratada, a única coisa são esses exames que demoram”, diz a moradora da Zona Norte.
O aposentado Vilmar da Cruz, 67, esteve na Famed para fazer um ultrassom do abdomen a pedido do médico. “Há três anos eu aguardava esse exame, tive de ir na Secretaria reclamar, aí eles me chamaram, mas tô também há cinco aguardando para fazer a cirurgia da catarata e não me chamam”, conta.
