Após passar alguns dias hospitalizado e passar por duas cirurgias, o presidente Lula (PT) deixou a UTI na sexta-feira e continuará internado para cuidados semi-intensivos. Lula passou por uma cirurgia de emergência na terça-feira para drenar um hematoma na cabeça e, na quinta, passou por um outro procedimento para reduzir o risco de um novo hematoma. As complicações surgiram após a queda sofrida pelo presidente em 19 de outubro, quando precisou levar cinco pontos na nuca.
Ao longo da semana, o estado de saúde de Lula, que tem 79 anos, foi alvo de até mesmo de teorias da conspiração, que iam desde o boato de que a primeira-dama Janja “assumiu” a presidência até insinuações absurdas de que ele seria substituído por um sósia, incluindo comparações com a morte de Tancredo Neves.
No “mundo real” da política, os acontecimentos envolvendo a saúde de Lula anteciparam a discussão sobre as eleições de 2026. Uma candidatura de Lula para um quarto mandato, agora, é considerada improvável, e já começam as especulações sobre qual será o nome do PT na disputa. Um dos cotados é o ministro da Fazenda Fernando Haddad, que disputou a eleição de 2018.
Por enquanto, o cenário político para 2026 ainda está muito embaralhado e qualquer aposta é precipitada. Além da saúde de Lula, também está em jogo quem será o candidato pela direita. O principal nome segue sendo o de Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível e, embora diga que será candidato, pode repetir o que fez Lula em 2018, quando insistiu em sua candidatura até ser substituído por Haddad. À direita, dois nomes fortes são o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), mas que também foi tornado inelegível esta semana. Até lá, muita água vai rolar, e tudo pode acontecer.
