No início da manhã desta terça-feira (3), o Movimento Sem Terra (MST) ocupou duas propriedades na Zona Rural de Pedras Altas. De acordo com um dos líderes da ação, são 180 famílias, em torno de 300 pessoas, que participam dos acampamentos. A movimentação teria sido motivada para pressionar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a acelerar o processo de desapropriação de terras improdutivas.
Conforme um dos líderes da ocupação em Pedras Altas, Ildo Pereira, os acampamentos ainda estão em processo de montagem e a ação deve permanecer até o MST receber um retorno que considerarem adequado do Incra. “Então é isso, que nós queremos exigir do governo que desaproprie essas terras e outras que tem aqui no Sul para fazer assentamento”.
Administradores se manifestam
Em nota, o Grupo Virgília Olavo Sales “confirma a invasão da propriedade rural da propriedade Santa Angélica, em Pedras Altas. Desde as primeiras horas da manhã, já estão em curso as primeiras providências legais junto ao proprietário e ao governo estadual. De acordo com o vice-presidente da Farsul, Paulo Ricardo de Souza Dias, a Brigada Militar já foi acionada e está tomando medidas iniciais.”
“Em conjunto com o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Pedras Altas, Carlos Hofmeister, estamos organizando uma mobilização junto aos produtores da região para pressionar a segurança pública a agir. Convidamos os produtores rurais a se prepararem para uma ação conjunta, visando garantir a reintegração de posse e combater a invasão”, ressalta.
Saiba mais
A informação da ocupação na cabanha Santa Angélica foi confirmada pelo proprietário, Ramiro Costa, ao Canal Rural. À reportagem do A Hora do Sul, outros ruralistas garantem que a Fazenda Nova, também no município, foi ocupada e que, agora, entidades monitoram outras propriedades da região para evitar novas ações do MST. A reportagem do A Hora do Sul tenta contato com representantes do Sindicato Rural de Pedras Altas, mas não obteve retorno até esta publicação.
Em breve, mais informações.
