Celebrando o nascimento do futuro monarca do Brasil, Dom Pedro II (2 de dezembro), foi inaugurado em 1833 o Theatro Sete de Abril, porém ainda sem o prédio, que só ficou pronto em 1834. A iniciativa de se fundar um teatro surgiu com a criação da Sociedade Scênica Theatro Sete de Abril, em 1831.
“Era um amplo teatro, com 61 camarotes e 233 cadeiras e capacidade para 500 pessoas. Entre os fundadores… figuravam os charqueadores mais prósperos da Província: Domingos José de Almeida, Antônio Gonçalves Chaves, José Vieira Vianna, João Simões Lopes (pai do Visconde da Graça) e Joaquim José de Assumpção, o Barão de Jarau”, descreve o jornalista Klécio Santos, na obra Sete de Abril, o teatro do imperador, sobre as instalações apresentadas à comunidade em 1834.
O projeto do Theatro é do engenheiro militar alemão Eduardo Von Kretschmar. De lá para cá se passaram 190 anos de uma rica história de sucesso, mas também de percalços. Em 1916 passou pela sua segunda reforma, uma obra que alterou o prédio interna e externamente, dando o aspecto conhecido até hoje. Interditado em 2010, por risco de desabamento do telhado, foi fechado para restauro, obra que ocorreu entre 2013 e 2022, deixando uma geração de jovens pelotenses longe das atividades artísticas que são a alma do velho teatro.
Novidade na plateia
A boa notícia é que ainda este mês as poltronas da plateia serão recolocadas, conta o diretor-presidente do Sete de Abril, Giorgio Ronna. As poltronas são um dos ítens mais importantes para que o Theatro obtenha a aprovação do seu Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios.
A empresa Santa Clara Poltronas, de São Paulo, é quem vai fornecer as 198 poltronas da plateia e fazer a colocação. “Elas correspondem ao designer que foi projetado pelos autores do projeto, todos os acabamentos são perfeitos, densidade de espuma, amostra de tecidos foram aprovadas. A previsão é que aconteça na primeira quinzena de dezembro”, diz o diretor.
As cadeiras dos camarotes e galerias virão de outro fornecedor, que já está aprovado também, elas serão entregues este mês. “As poltronas chegam desmontadas, são montadas no local e ajustadas para que não tenham ruído, as outras é só entrega”, comenta.
Há 50 anos
Aluno da Escolinha de Arte de Pelotas faz exposição de cerâmicas
O ceramista José Carlos Martins realizou uma exposição com 50 obras no Clube Caixeiral. O evento foi realizado pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura, por meio da Escolinha de Arte. O artista tinha participado de outras mostras coletivas e individuais, incluindo o Salão de Artes do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
Martins era oriundo da Escolinha de Artes, além de ter sido aluno de Inah Costa. A Escolinha de Municipal de Arte de Pelotas foi criada em 1963, bases no Movimento Escolinhas de Arte, surgido em meados de 1952.
A sede era na praça Júlio de Castilhos, atual Dom Antônio Záttera, pela rua Doutor Amarante, onde hoje funciona a Escola Municipal de Educação Infantil Ruth Blank. A patrona Ruth Elvira Blank (1925-1982) foi a primeira diretora da Escolinha de Arte. A iniciativa foi descontinuada em 1998.
Compuseram o primeiro time de educadores, sob o comando de Ruth Blank: Nilda Carpena Alves Duval, Iolanda Langone, Gladis Rodrigues Valente, Aury Alfino, Jader Osório Siqueira, Carlinda Pereira Valente, Iolanda Leal, Maria Deborah Pinto, Yara Vieira da Conceição, Yeda Araujo Pereira, Geny Ávila, Walkíria Therezinha Cypriani, Paula Maria Fuhro Zanotta, Ema Silva, Maria Beti Sena e Ivanir Dias.
Fontes: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; Escolinha Municipal de Arte de Pelotas : memória, história e ensino de arte (1963/1998), de Marge Faria do Amaral Peixoto (PPG Em Artes Visuais/UFPel)
Há 100 anos
Processo contra diretor do Gymnasio Brasileiro é encerrado
Foi arquivado o processo crime contra o diretor do Gymnasio Brasileiro, João C. de Freitas, por falta de provas. Freitas estava sendo investigado desde o desaparecimento de armas e munições deste estabelecimento de ensino.
O armamento seria recolhido pelo 9º Batalhão de Caçadores, durante a Revolução de 1923. Foi aberto um inquérito, um ano depois a justiça federal encerrou o processo.
Fontes: A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense;