O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e o Sindicato dos Médicos do Rio Grande (Simerg) realizaram nesta semana uma assembleia com médicos que prestam serviços à Santa Casa de Rio Grande. Por unanimidade, os profissionais decidiram paralisar serviços médicos, atividades eletivas e atendimentos que não representem risco de morte a partir de 28 de dezembro.
Os médicos reclamam da falta de previsibilidade e pontualidade no pagamento dos honorários médicos, além da falta de um canal de comunicação claro e transparente entre o hospital e os profissionais. Segundo o diretor da Região Sul do Simers, Marcelo Sclowitz, os atrasos nos pagamentos chegam a cinco meses, o que leva os médicos a abandonarem as escalas “comprometendo o atendimento médico e colocando em risco a continuidade dos serviços”.
Entre as condições para não paralisar, as entidades cobram o pagamento de dois meses de honorários em atraso em até 30 dias e, para os 30 dias seguintes, o pagamento de mais dois meses atrasados. Também cobram um plano de pagamentos detalhado. Caso não haja avanço no diálogo com a Santa Casa, serão mantidos apenas os atendimentos em casos de risco de vida. Em outros casos, pacientes deverão ser encaminhados para outras unidades de saúde.
Contraponto
Em nota, a Santa Casa de Rio Grande respondeu que está em diálogo com o Simers e que “segue dedicada a buscar soluções que garantam a obtenção dos recursos necessários para regularizar os pagamentos pendentes da folha do corpo clínico ainda no mês de dezembro.”
“A instituição reafirma seu compromisso em superar os desafios financeiros, garantindo a continuidade de seus serviços e priorizando, acima de tudo, o bem-estar de seus profissionais e da comunidade que atende”, conclui a nota.