“Quando a gente gosta de alguma coisa, transmitimos para os outros”
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira14 de Novembro de 2024

Abre aspas

“Quando a gente gosta de alguma coisa, transmitimos para os outros”

Professora por mais de três décadas, Tersinha Fick deu aula em diversas instituições de ensino

Por

“Quando a gente gosta de alguma coisa, transmitimos para os outros”
Teresinha se dedicou a lecionar Geografia para turmas até o oitavo ano. (Foto: João Pedro Goulart)

Teresinha Fick, 80 anos, trabalhou como professora durante mais de três décadas. Moradora do bairro Fragata, já deu aula em diferentes instituições de ensino da zona urbana e rural da cidade, como os colégios Sylvia Mello, Mariana Eufrásio e Antonio Xavier, por exemplo. Inicialmente atuou na execução de várias disciplinas, do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Depois que concluiu a graduação em Geografia na UCPel, se dedicou a lecionar a matéria para as turmas até o oitavo ano.

Como você vê o hábito de leitura no seu dia a dia e na sua família?

Uma das armas contra o esquecimento, que já me pega em alguns momentos, é a leitura. Eu sempre venho à feira porque eu gosto de ler. Hoje estou sem muito tempo, então não comprei livros para mim. Mas comprei para um menininho que faz aniversário logo mais. A moça me convidou para ver outras opções, mas eu preciso de tempo para escolher o melhor para mim. Não posso vir ligeiro, tenho que ter tempo. […] A minha sobrinha é escritora, também gosta de ler e incentiva bastante o resto da família. E eu até na biblioteca do colégio já trabalhei, lia os ‘livrinhos’ que tinham lá. Sou professora, não poderia ser diferente.

Você sempre incentivou a leitura na sua família?

Como eu sou uma das mais velhas, acredito que eu incentivei a família também. Estou levando esse livro agora para o meu neto. O hábito de ler ajuda a desenvolver muita coisa, é muito útil. Claro, se souber escolher os livros. Por isso, gosto de ter tempo para vir na feira. Sobre o meu neto, ele já é bem desenvolvido para a idade dele. Custei para achar o que ele queria. A mãe dele me mandou algumas sugestões.

Qual é o valor de dar um livro como presente para uma criança?

Livros são presentes cada vez mais raros de se ver. Hoje em dia, é tudo na internet, no celular, no computador. Enquanto isso, o livro está ali, parado na sua biblioteca, cheio de informações únicas. Se você quer ler alguma coisa, pega ele fisicamente e lê, com gravuras, e é um bom exercício. Não é aquilo que passa na tela e vai embora. Acredito que seja mais efetivo dar um livro para uma criança, para desenvolver ela com uma base melhor.

Como você vê a influência da família no desenvolvimento do seu neto?

Ele gosta de ler. Ele que fez a lista que a mãe dele me passou. Ele tem o hábito de ler, muito incentivado pela mãe e pelo pai, isso ajudou. A família toda dá um exemplo de vida muito bom. Ele é filho único, mas é uma criança que sabe respeitar, é comunicativo e tem bastante vivência. E o caminho da leitura é mais uma coisa boa. Uma das coisas que mais ajuda nas escolhas do futuro é a leitura. Tudo que se lê, para alguma coisa traz um proveito. Minha experiência como professora fortaleceu essa percepção. E ver toda a minha família envolvida com isso é muito bom. Quando a gente gosta de alguma coisa, transmitimos um pouco para os outros. No meu caso, passei para a família e meus alunos.

Acompanhe
nossas
redes sociais