Olhar os caminhos percorridos para aperfeiçoá-los. É com esse objetivo que o projeto “Memória do Patrimônio nas Missões” propõe uma diversificada programação entre hoje e quinta-feira nos municípios de São Miguel das Missões, Santo Ângelo e Cerro Largo. São ações educativas que promovem o debate sobre a história das políticas de valorização e preservação do patrimônio cultural da região das Missões.
De acordo com o historiador Darlan Marchi, idealizador do projeto, as atividades foram pensadas com o objetivo de partilhar memórias e saberes. “Nos encontros, estarei compartilhando com professores da rede pública, gestores municipais e guias de turismo da região dados da minha pesquisa sobre o tema, com foco na sensibilização do olhar para a diversidade do patrimônio cultural deste território”, observa o pesquisador, que realiza atualmente pós-doutorado no Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Pelotas (PPGH/UFPel).
A programação voltada aos agentes multiplicadores começa hoje, às 8h30min, no auditório da Escola Municipal João de Oliveira Costa, em São Miguel das Missões. A formação será destinada a professores e contará com a oficina Memórias sobre o Patrimônio em São Miguel das Missões: possibilidades de ensino-aprendizagem, ministrada por Marchi, pela historiadora Juliani Borchardt e com a presença do chefe do escritório do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em São Miguel das Missões, Filipi Pompeu.
Resgate e sensibilização
O projeto Memórias do Patrimônio nas Missões propõe um resgate histórico e cultural do patrimônio missioneiro através de ações educativas. O objetivo central é promover nos três municípios em que está inserido um diálogo entre comunidades locais, especialmente educadores e profissionais de turismo, para sensibilizá-los sobre a diversidade cultural e histórica da região.
A iniciativa destaca o papel das Missões Jesuíticas — aldeamentos indígenas fundados no século 17 por jesuítas espanhóis — e inclui a produção de dois livros. O projeto é realizado com recursos da Lei Complementar nº 195/2022 (LPG) e possui financiamento Pró-Cultura-RS, Sedac/RS, Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal.