Diferença nas datas gera dúvida sobre quem é mais velho
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Quinta-Feira14 de Novembro de 2024

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Diferença nas datas gera dúvida sobre quem é mais velho

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Uma leitora do A Hora do Sul procurou a reportagem da coluna Memórias buscando entender o porquê do Mercado Público de Porto Alegre ser considerado o mais antigo do Estado e do país, visto que a data de inauguração é 3 de outubro de 1869, 21 anos depois do começo da construção do Mercado Central de Pelotas.

O antigo Mercado de Porto Alegre era bem próximo ao cais. (Foto: Reprodução)

Quem esclarece é o jornalista Klecio Santos, autor da obra Mercado Central de Pelotas  – 1846-2014 (Fructos do Paiz): “É que o antigo cais e Mercado onde fica o atual é de 1844”, explica.

No capítulo Os mercados de antanho, Santos relembra que o primeiro mercado surgiu no Rio de Janeiro em 1841, porém ele não existe mais. Inspirado por essa experiência, o presidente da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, Saturnino de Souza Coutinho, proveniente da Corte, exigiu a construção de um centro de compra e venda em Porto Alegre. O que ocorreu em 1844, na capital dos gaúchos, onde hoje existe a praça 15, aproximadamente. A cidade do Rio Grande ganhou o seu prédio para o comércio, em 1847.

Segundo o jornalista, ambas as construções ficaram pequenas para o volume de negócios em pouco tempo. Logo foi preciso projetar novas.

O de Porto Alegre foi derrubado em 1870, ano da abertura do novo Mercado Público, “mas cuja pedra fundamental data de 1864”. Porém as obras, que deveriam ter sido entregues em três anos, levaram cinco e a inauguração ocorreu em 1869, portanto há 155 anos.

Compra em 1846

Já o Mercado Central pelotense começou a surgir em 1846, com a compra de um lote onde seria construída a Praça do Mercado, entre os anos de 1848 e 1853. “Ao contrário dos outros mercados existentes no país, o de Pelotas se diferencia por ser central, não próximo à zona portuária”, explica Klecio Santos.

Fonte: Mercado Central de Pelotas  – 1846-2014; wikipedia.org

Há 50 anos

Diretores de associações pedem a duplicação da 116

As direções da Associação Comercial de Pelotas e do Centro das Indústrias de Pelotas se uniram para liderar uma ação em favor da duplicação da pista da BR-116, de Porto Alegre até Rio Grande. Representantes das entidades entregaram um memorial ao então ministro dos Transportes, Dirceu Nogueira, durante sua estada na capital gaúcha.

As entidades explicaram ao ministro que a rodovia teve sua pavimentação concluída em 1963, “portanto de padrão bastante diferente das atuais estradas de primeira classe”, relatava o memorial. O aumento da produção agrícola, o desenvolvimento industrial, o grande movimento de veículos de passeio e o turismo “tornaram tecnicamente obsoleta a BR-116”. O documento ainda expõe a lotação de carga reduzida, em função do fluxo congestionado.

Por meio do memorial, os representantes das entidades solicitaram uma melhora extrema nos padrões da rodovia: “dotando-a com pista dupla”, fortalecendo o vínculo da capital com o Superporto de Rio Grande, proporcionando celeridade ao escoamento das safras agrícolas e diminuição de acidentes.

O pleito de 1974 só foi atendido em 2012, 38 anos depois. Porém as obras foram interrompidas e retomadas em 2019. Atualmente a previsão é que a duplicação seja concluída neste ano.

Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 100 anos

Times de futebol de Lemos Júnior e do Gonzaga se enfrentam

De trem chegava em Pelotas o primeiro quadro do time de futebol do Gymnasio Lemos Júnior, de Rio Grande, para uma partida contra os jogadores do Gymnasio Gonzaga. O encontro esportivo ocorreu no campo do Esporte Clube Pelotas, às 13h, na avenida Bento Gonçalves. Quem arbitrou essa esperada partida intermunicipal foi o capitão do Pelotas, E. Mendonça.

Fonte: A Opinião Pública/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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