A prefeitura de Pelotas cadastrou 17 projetos no Plano Rio Grande, programa do governo do Estado que financia medidas de recuperação dos impactos causados pelas enchentes. Grande parte das obras envolvem principalmente a drenagem para diminuir os transtornos enfrentados em eventos de grandes precipitações. Outras intervenções são para recuperar os estragos de maio e de setembro do ano passado, como a restauração de 30 escolas que tiveram as estruturas danificadas.
Entre as obras com os maiores orçamentos estão a pavimentação da estrada de acesso à Colônia de Pescadores Z-3, com mais de R$ 28,8 milhões. Durante a enchente, a localidade ficou cerca de um mês isolada após o trajeto de terra ter ficado intrafegável. A requalificação da avenida Adolfo Fetter, também está entre os maiores valores, R$ 18,2 milhões. Na via de acesso ao Laranjal, os dias de chuvas intensas causam alagamentos que impedem a circulação normal do trânsito. Na última semana, com a invasão da água do arroio Pelotas, o tráfego só foi permitido em uma pista.
Além das vias, os valores mais robustos são das intervenções de requalificação do sistema de macrodrenagem e proteção contra as cheias do Laranjal, de mais de R$ 24,7 milhões. E da construção da rede de esgotamento do Vasco Pires, necessária para evitar os alagamentos frequentes em todo o bairro pelas cheias das valetas e das ruas. A obra é orçada em mais de R$ 17,9 milhões.
Alternativa para custear as obras
Conforme a coordenadora de Transparência e Controle Interno de Pelotas, Tavane Krause, ainda não há informações sobre quantos ou quais projetos podem ser beneficiados com o financiamento do Plano Rio Grande. Caso nenhuma das obras seja selecionada, a coordenadora diz que haveria outras alternativas em que as intervenções foram cadastradas como o PAC e outras fontes do Estado. “O município dispõe ainda de uma operação de crédito autorizada em lei local, em que os recursos poderão ser geridos para atender o que for mais urgente”.