Temporal causa transtornos em cidades da região
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Terça-Feira26 de Novembro de 2024

Clima

Temporal causa transtornos em cidades da região

Representantes de municípios estiveram reunidos nesta terça-feira, na sede da Azonasul

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Atualizado terça-feira,
24 de Setembro de 2024 às 17:52

Temporal causa transtornos em cidades da região
Azonasul reuniu mais de 30 representantes de municípios para centralizar ações da Defesa Civil. (Foto: Cíntia Piegas)

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) está com aviso vigente que indica chuva superior a 60 milímetros por hora (mm/h) ou acima de 100 milímetros por dia, com grande risco de alagamentos e transbordamentos de rios, além de deslizamentos de encostas em cidades da Metade Sul do Estado. A situação preocupa as autoridades, reunidas em caráter de urgência na manhã desta terça-feira (24) na Azonasul.

A previsão é confirmada pelos técnicos da hidrologia e da meteorologia da Universidade Federal de Pelotas, por meio da apresentação de modelos de mapas meteorológicos que apontam grandes volumes de chuva para a região, com menos intensidade para Chuí e Santa Vitória do Palmar. “A probabilidade é de que entre hoje (terça-feira) e final de quinta o acumulado fique entre 120mm e 150mm em grande parte da Zona Sul, sendo que pontos isolados podem chegar a 200mm”, diz Henrique Repinaldo. A previsão não considera o que já choveu desde segunda-feira (23).

O volume preocupa bastante para as bacias dos rios Piratini e Jaguarão, pois as chuvas permanecem constantes. “Pelo volume de chuvas, temos modelos que apontam que o rio Piratini pode atingir a cota de 12 metros, que entra em sinal de alerta e de 14 metros na madrugada de quarta”, explica Samuel Beskow.

Nessa condição, a situação para o município de Cerrito preocupa, principalmente para quem mora na área de risco nas regiões de ribeirinhas. Pela previsão, dez metros já alagam o camping da cidade. Nesta terça, a medição estava em 7,4 metros.

Casas destelhadas

Em Jaguarão, três mil casas foram atingidas pelo vento de 122 quilômetros por hora na noite de segunda-feira.

Monitoramento de rios

Os rios Jaguarão e Camaquã também estão sendo monitorados. Na cidade de fronteira, por exemplo, além do clima ter atingido 12 mil pessoas, o rio que corta a cidade já subiu três metros e está em 6,4 metros, sendo que a cota de inundação é de oito metros. Os especialistas garantem que o monitoramento segue e as autoridades serão informadas de qualquer alteração de modelos de previsões.

Em Rio Grande, algumas ruas do Centro da cidade apresentam alagamentos e dificuldades de tráfego. (Foto: Richard Furtado)

Rio Grande

Em Rio Grande, após o acumulado de 96 mm na segunda-feira, algumas ruas no Centro da cidade já apresentam situação de alagamento. A Defesa Civil local está preocupada também com o nível do arroio das Cabeças, sendo que algumas famílias já estão desalojadas e a prefeitura se prepara caso haja desabrigados.

Diante desse cenário, o secretário executivo do órgão de proteção, Denis Antiqueira, questionou os meteorologistas se o volume de precipitação até quinta-feira vale também para Rio Grande. Repinaldo reiterou que os modelos apresentam de 120mm a 150mm até o final da quinta-feira (25).

Prejuízos em Canguçu

O interior de Canguçu, principalmente os 3º e 4º distritos, foram os mais afetados com ventos de até 90 km/h e granizo na noite de segunda-feira. As equipes da prefeitura e da Defesa Civil precisaram trabalhar no atendimento de famílias nas divisas da cidade com Amaral Ferrador, Encruzilhada do Sul e Morro Redondo.

As escolas Francisco Carlos Meireles e Oscar Fonseca, no 5º Distrito de Canguçu, ficaram danificadas e as aulas foram suspensas. Ainda não há estimativa de prejuízos.

Estrada

Na BR-116, no quilômetro 509, uma lâmina d’água atravessou a pista. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) precisou controlar o trânsito e reforçou o recado: “devido às fortes chuvas na região pode haver lâminas d’água sobre a pista com elevado risco de aquaplanagens”.

No final da tarde, a PRF bloqueou o trânsito no sentido Porto Alegre/Pelotas, no quilômetro 490, devido à elevação do nível da água próximo à Ponte sobre Arroio Corrientes. O fluxo está sendo desviado do km 490 ao 492 pela pista no sentido Pelotas/Porto Alegre.

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