Em fevereiro do ano passado, a professora Taiani Corrêa estava na central de matrículas, quando uma mãe chegou com o filho. A mulher contou que havia caminhado do Sítio Floresta até o Centro, sob forte sol, para matricular a criança. O bairro a 13 quilômetros de distância é o mesmo em que Taiani viveu a vida toda. Desde então, a situação de dificuldade daquela pessoa a inspirou a criar uma iniciativa voltada a auxiliar os moradores da localidade em vulnerabilidade social. Agora 67 famílias são atendidas pelo projeto Reage.
Promovido pela Comunidade Evangélica Emanuel em parceria com a Associação do Bairro, o projeto busca proporcionar o acesso à saúde, educação e oportunidades de geração de renda. Isso porque a distância do Sítio Floresta do Centro e a falta de espaços locais voltados ao atendimento e o desenvolvimento dos moradores seriam características que dificultariam ainda mais as pessoas em vulnerabilidade social.
Ascensão no bairro
“O Sítio saiu de seis mil para quase 20 mil moradores. A gente percebe a necessidade de integração da rede para ter mais melhorias. Somos um dos bairros mais distantes e queremos ter espaços saudáveis e de capacitação dentro do bairro”, diz Taiani. Dentre as ações que o Reage tem realizado estão cursos profissionalizantes e recentemente, o projeto foi contemplado com o fundo social do Sicredi.
A verba será destinada à compra de um forno para a realização do curso de capacitação em panificação. Demanda das mulheres assistidas, em sua maioria chefes de família.
Rede de inclusão na alimentação, saúde e lazer
Na última semana, o Reage promoveu em parceria com os moradores e a Escola Municipal Independência, o plantio de um pomar comunitário. A ação foi motivada após a constatação de que as famílias assistidas não têm acesso a opções de alimentos saudáveis. “Além do plantio coletivo, cada família recebeu uma árvore frutífera para plantar nas suas casas”.
Outra iniciativa que projeto busca implementar é a construção de quadras de futebol e de vôlei para que os jovens tenham espaços para atividades físicas e de lazer.
Ao menos uma vez por mês, geralmente aos sábados, o projeto leva palestras com profissionais variados e atendimentos básicos de saúde às famílias. A partir desse espaço, as pessoas são encaminhadas a tratamentos ou ao acesso a medicamentos.