Nos últimos dias, alguns moradores da rua Augusto Saint Hilaire, localidade conhecida como Vila da Palha, em Pelotas, travaram uma discussão com a prefeitura em relação ao direito de acesso ao benefício às pessoas atingidas pela enchente de maio.
Segundo a população da localidade, durante a cheia a região esteve inserida em zona de risco alto para inundação no mapa municipal em vista do avanço das águas do Arroio Pelotas. Porém, o município nega que o direito ao auxílio seja válido.
A moradora Karina Swenson, que representa a comunidade, narra que foi até o prédio da administração pública acompanhada de outros vizinhos que têm a mesma demanda. De acordo com ela, foi informado no local que a Vila da Palha não está no mapa para receber a quantia do Auxílio Reconstrução, de R$ 5,1 mil.
Karina questiona o motivo de o entorno da comunidade, que abrange a Estrada da Costa, ter aproveitado o recurso e a vila não ter o acesso. “Não recebemos nada. A moça me mostrou e só a gente, no meio, não tem direito de receber os auxílios. Mas nós saímos de casa. Ela disse que tínhamos que comprovar como encheu. E eu disse que encheu, mas não de alagar as casas”, expõe.
Embora não tenha tido a casa atingida pela água, o pescador Vilmar Gonçalves, 70, diz que contava com a ajuda financeira prometida na época das cheias pois dependia do dinheiro para consertar o motor da embarcação e enfim retornar à pesca, sua fonte de renda principal. Cabisbaixo, o trabalhador acredita que o benefício não será disponibilizado, justificando que conhece um pescador da Colônia Z-3 que teve a casa destruída pela água mas ainda não recebeu o valor que lhe fora assegurado.
Prefeitura
Procurada pela reportagem via assessoria de comunicação, a prefeitura de Pelotas não retornou até a publicação desta reportagem.