Reforma de ponte antiga do São Gonçalo pode sair em breve
Edição 19 de julho de 2024 Edição impressa

Sexta-Feira20 de Setembro de 2024

Desenvolvimento

Reforma de ponte antiga do São Gonçalo pode sair em breve

Dnit prevê licitação para demanda histórica de entidades e condutores. Estrutura está interditada desde 1974

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Reforma de ponte antiga do São Gonçalo pode sair em breve
Restauração da ponte Alberto Pasqualine, na BR-392, pode sair do papel ainda este ano. Foto: Jô Folha

Aguardada desde a duplicação da BR-392, a restauração da ponte Alberto Pasqualine, que liga Pelotas e Rio Grande, pode sair do papel ainda este ano. A informação é do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), que garantiu que o projeto está em fase de finalização em Porto Alegre e em novembro ou dezembro deve ser anunciado. A estrutura que corta o canal São Gonçalo é reivindicada por entidades de classes e, principalmente, por usuários que transportam cargas diariamente e trabalham contra o tempo. Além de aumentar a competitividade da região, para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) a obra tornará o trânsito mais seguro.

“Já tivemos alguns óbitos em função das curvas acentuadas nas duas cabeceiras, além dos tombamentos. Então a restauração da ponte antiga vai ser importante para a segurança viária e a melhoria da fluidez do trânsito”, diz o inspetor-chefe da 7ª Delegacia de PRF, Daniel Pitrez. Caminhoneiro há 12 anos, Vagner Ferreira, 33, acredita que uma segunda ponte vai melhorar muito o escoamento da safra até o Porto de Rio Grande. Transportando grãos, ele considera que o trecho do bifurcamento, além de reduzir o tempo na estrada, é perigoso. “Se entrar ligeiro ali [curva] vai dar problema”.

Para manter interligado

O presidente do Centro das Indústrias de Pelotas (Cipel), Augusto Vaniel, segue a mesma linha de entendimento das demais classes empresariais de que com duas pontes diminui a chance de isolamento por problemas, uma vez que o mundo vem enfrentando graves crises climáticas. “Durante a enchente pudemos presenciar a queda de pontes e muitas cidades isoladas. Então essa obra é muito importante para a região”, destaca.

Vaniel acredita que uma região desenvolvida é aquela que oferece estrutura e a ponte é a chegada e a saída de insumos, matéria-prima e componentes para indústria regional, via Porto de Rio Grande. “O desenvolvimento da indústria passa pela ponte, e uma vez ampliada, teremos um aumento significativo na eficiência e na interação econômica entre o Porto e o Estado”.

Projeto de recuperação

O chefe regional do Dnit, engenheiro Vladimir Casa, explica que o projeto consiste em recuperar a parte da estrutura da ponte que está danificada, chamada de superestrutura, que é a parte de cima, envolvendo as vigas. “Vai ter que ser feito todo um reforço e ainda ela será alargada. Com isso, se terá mais peso e, consequentemente, teremos que trabalhar nos pilares e fundações – que não estão com problemas”, adianta.

Casa diz ainda que a licitação, provavelmente, será em formato de Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) integrado, o que permite à empresa vencedora apresentar um novo projeto. Por isso, os valores estimados para o orçamento da obra serão mantidos em sigilo ainda para não influenciar as propostas e não haver especulações. “O processo está em Porto Alegre, onde está sendo preparado o termo de referência do edital para ser licitado. Não temos data ainda, pois passa pelo setor jurídico, mas deve ocorrer ainda em 2024”.

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