Um espaço de integração, acolhimento, trocas, e que potencializa o envelhecimento saudável, com protagonismo e participação social. É assim que o coordenador do Centro de Extensão em Atenção à Terceira Idade da Universidade Católica de Pelotas (Cetres/UCPel), Hartur da Silva, define o trabalho realizado pelo projeto. Localizado no prédio do Instituto de Menores Dom Antônio Zattera, a ideia que surgiu como extensão ganhou forma e, há mais de 30 anos, oferece muito além de cursos, e de forma gratuita. No último dia 11, a instituição recebeu uma comenda da Academia Pelotense de Letras, destacando a contribuição dos serviços ofertados à população.
Hartur da Silva (Foto: Arquivo Pessoal)
Como avalias o protagonismo das pessoas idosas com as atividades ofertadas?
Partindo do ponto que o Cetres surge em 1990, então, parte do êxito se deve ao Centro de Extensão já estar aí com os seus 36 anos na promoção de saúde, cidadania, cultura, bem-estar, e protagonismo das pessoas idosas. Vejo que esse é um dos grandes diferenciais do Centro que surge como um projeto de extensão, ao longo dos anos vem crescendo, até se tornar um centro permanente da UCPel. Além das atividades feitas pelos voluntários, abriga atividades conduzidas por acadêmicos, estagiários, de outros projetos de extensão, como também é o local da residência multiprofissional em saúde do idoso.
O que representa essa homenagem para todos que são atendidos?
Uma extensão de suas casas. Aqui, essas senhoras e senhores encontram um local de acolhimento, integração, trocas, e que potencializa muito o envelhecimento saudável com protagonismo e participação social. Hoje temos as tecnologias, os cursos, e o reconhecimento mostra a importância da longevidade saudável que eles vivem no projeto, tema tão corriqueiro, mas que ganha muito protagonismo nos dias atuais.
Quais os benefícios da integração dos idosos com as crianças atendidas no Instituto Dom Antônio Zattera?
Começamos aos pouquinhos, mas já estamos estabelecendo duas, três, quatro grandes atividades de integração com as crianças do Instituto, mas também de outras instituições, como, por exemplo, o Centro da Criança São Luiz Gonzaga. Esses encontros propiciam muita interação e carinho entre os idosos e as crianças. A gente está trabalhando com educação, indiretamente ou diretamente e estes têm um potencial educativo, de enfrentamento ao etarismo, de preparar essa sociedade para lidar melhor com os idosos. E nada melhor do que já promover esses encontros, assim, com a primeira infância, entre idosos, crianças. E eu posso te dizer com certeza que são encontros muito potentes.
